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Operação contra série de mortes em Londrina prende 8 policiais militares

apreensao_armas_operacao_londrina-300x237 Operação contra série de mortes em Londrina prende 8 policiais militares

A Polícia Civil do Paraná, em conjunto com a Polícia Militar (PM), deflagrou uma operação nesta sexta-feira (13) contra suspeitos de cometer uma série de assassinatos em Londrina, no norte do estado, em janeiro deste ano. Nove pessoas foram presas, oito são policiais militares.

A prisão temporária tem prazo de 30 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, 25 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Dois dos policiais presos, que não tinham mandado de prisão expedido, acabaram detidos em flagrante por porte ilegal de munição restrita durante o cumprimento de ordens de condução coercitiva. Eles serão soltos mediante pagamento de fiança.

Os suspeitos foram levados ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Eles chegaram no prédio por volta das 11h50 em em um micro-ônibus da Polícia Militar, e deixaram o local por volta das 12h10. O veículo parou nos fundos do local e os suspeitos chegaram encapuzados.

Um dos mandados de busca foi cumprido na casa do capitão Ricardo Eguédis.

O G1 tenta contato com o advogado dele.

A série de assassinatos ocorreu entre os dias 29 e 30 de janeiro e terminou com 12 pessoas mortas na zona norte de Londrina.  A polícia ainda investiga outras cinco casos de assassinatos que podem estar relacionados às mortes em série, mas que ocorreram em outras datas.

De acordo com as investigações, a onda de assassinatos começou após a confirmação de que o policial militar Cristiano Luiz Botino, que tinha 34 anos, foi morto na zona norte. O policial voltava para casa quando foi atingido por disparos de arma de fogo. Botino chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Provas colhidas pela perícia nos locais de morte, depoimentos de testemunhas e imagens de segurança colaboraram para a deflagração da operação, ainda de acordo com a polícia. Em depoimentos durante a investigação, os policiais suspeitos de envolvimento nos crimes negaram todos os fatos.

RESUMO DA OPERAÇÃO

– Objetivo : prender suspeitos de terem cometido série de assassinatos em Londrina
– Mandados: 38, sendo 7 de prisão temporária – contra seis policiais militares e um homem por porte ilegal de armas -, 25 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva.
– Presos temporários: 9, sendo oito policiais militares.

Investigações
Um dia após a série de mortes, a Secretaria da Segurança Pública e Adminitração Penitenciária do Paraná (SESP-PR) montou uma Força-Tarefa para investigar os crimes. O grupo foi composto por policiais civis, militares e representantes da corregedoria da Polícia Militar. Ainda em fevereiro, o comando da Polícia Militar não descartou a participação de policiais nas mortes e disse que a investigação seria minusciosa.

Em abril, um rapaz suspeito de atirar e matar o policial militar Cristiano Luiz Bottino foi presoem Navegantes, em Santa Catarina. O suspeito foi preso pelo setor de Inteligência da Polícia Civil do Paraná e pela equipe da delegacia de Homicídios de Londrina.

G1

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