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PB tem mais de 36% de seus reservatórios com menos de 5% de água

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A condição hídrica dos açudes da Paraíba continua crítica em mais de 36% dos reservatórios no estado, que são monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (AESA). O percentual corresponde a realidade de pelo menos 46 açudes do total de 127. Os mananciais estão acumulando menos de 5% da capacidade máxima.
A maior parte dos reservatórios está  localizado na região do Sertão do Estado, que vive um novo período de escassez de água nos últimos meses. Entre os açudes em situação crítica destaca-se a Barragem de Engenheiros Ávidos, em Cajazeiras que possui apenas 4,8% da sua capacidade máxima. Desde de 2016, quando apresentava 6,5%, o manancial tem perdido volume de água a cada mês. A Barragem da Farinha, em Patos, também vive situação parecida. O reservatório tinha 26,9% de volume de água em setembro do ano passado e inicia o mesmo período deste ano com apenas 4,8%.
Alguns reservatórios, contudo, só não estão em situações piores porque os primeiros meses de 2017 foram marcados por bons índices pluviométricos em várias regiões do Estado. De fevereiro a abril, as regiões do Sertão e Agreste da Paraíba registraram 498,9 mm e 293,1 mm de chuva, respectivamente, impedindo assim que os mananciais secasse por completo.
É o caso, por exemplo, do açude Bichinho, situado no município de Barra de Santa Rosa, no Agreste. Em setembro de 2016, o manancial estava com apenas 0,5% da capacidade máxima. Com as chuvas no início do ano, chegou a registrar 5,2% em maio deste ano e inicia setembro com nova queda no volume de água, com 2,4%.
Outro bom exemplo está no Cariri da Paraíba, onde o açude Campos, no município de Caraúbas estava a beira da escassez total no ano passado e em maio deste ano chegou a registrar 7% no volume de água depois das chuvas. Porém começa setembro com a marca preocupante de 3,6% da capacidade máxima.
Transposição ameniza problema
A chegada das águas da Transposição do Rio São Francisco amenizou a situação crítica de alguns açudes e barragens na Paraíba, levando os mananciais a patamares menos preocupantes, caso por exemplo, do açude de Boqueirão que em março deste ano chegou a apresentar 3,1% da sua capacidade máxima e hoje apresenta 8,4%, fazendo com que a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) encerrasse o racionamento de água em Campina Grande e mais 18 municípios.
Nos outros mananciais que recebem água da transposição ao longo do caminho, a situação também é animadora. O açude de Poções, em Monteiro, no Cariri da Paraíba, que em março tinha apenas 0,6%, aumentou o nível de água para 6,3% e o açude de Camalaú, no município de mesmo nome, pulou de 6,45%, registrados em janeiro deste ano, para 14,5% no início de setembro.
De acordo com os dados disponibilizados no site da Aesa, são, ao todo, 127 açudes monitoras em todo o Estado. Destes 46 estão situação crítica, abaixo de 5% da capacidade máxima, 41 estão em estado de observação, pois possuem menos de 20% da capacidade total, 34 mananciais tem o volume de água maior que 20% e apenas 6 mananciais estão sangrando.
G1

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