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Com Jesus e torcida, Palmeiras tem receita recorde de R$ 440 mi em 2016

a-time-base-da-copa-do-brasil-sera-mantida_561403-300x179 Com Jesus e torcida, Palmeiras tem receita recorde de R$ 440 mi em 2016

Com José Edgar de Matos

Campeão brasileiro, o Palmeiras conseguiu ter um ano também positivo nas finanças: fechará 2016 com uma receita no futebol em torno de R$ 440 milhões, e um superávit de R$ 70 milhões. A informação é do presidente palmeirense, Maurício Galiotte. O valor é ainda aproximado e pode variar em até R$ 10 milhões para cima no fechamento das contas.

Com o clube social, o total da receita será próximo de R$ 500 milhões visto que o balancete de novembro registrava R$ 47 milhões de renda neste item. Esse número configura uma das maiores -se não a maior – renda de um clube brasileiro. Só saberemos se será superada por outro clube na divulgação dos balanços. O montante supera em mais de R$ 100 milhões a renda de 2017 quando obteve R$ 350 milhões.

A explicação está nas rendas em alta do clube para itens como bilheteria, sócio-torcedor e patrocínio (Crefisa) em um ano que já teve crescimento geral de dinheiro de televisão. Para completar, o clube fez a sua maior venda de jogador com a saída de Gabriel Jesus para o Manchester City.

“O Palmeiras evoluiu em relação a fontes de recursos e à quantidade. Chegamos a valores interessantes em dois anos. Vamos manter nos próximos. Todo planejamento está feito uma parte em investimento, uma parte em situações que o clube necessita e uma parte no futebol”, contou Galiotte.

É verdade que esse dinheiro possibilita o investimento na alta folha salarial palmeirense. Mas também é verdade que o clube precisa reduzir sua dívida com o ex-presidente Paulo Nobre que emprestou mais de R$ 150 milhões ao clube. Lembre-se que, em 2015, o time teve uma receita considerável, mas o débito aumentou por novos mútuos com dirigente. Só se saberá precisamente se houve redução do débito este ano com o balanço financeiro completo.

Por conta desses compromissos a pagar, Galiotte disse que o futebol é prioridade, mas não vai aumentar os seus custos. “A ideia é trabalhar com o mesmo patamar de 2016. Foi um ano de sucesso desportivo”, contou. Ou seja, se chegar um jogador caro para o clube, provavelmente outro terá de sair. Até porque o elenco palmeirense é numeroso.

Em relação à dívida com Nobre, a intenção é reduzir o quanto possível o tempo de seu pagamento. Pelo modelo adotado, o Palmeiras tem duas formas de pagar o débito. Primeiro, por meio de uma empresa na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), 10% da receita do clube é destinado ao ex-presidente. Segundo, há outro valor fixo pago anualmente, o que, no modelo atual, deve durar sete ou oito anos para quitação.

“Dois modelos: 10% das receitas. Tem um outro modelo que é um valor fixo que é pago por um período de sete, oito anos”, explicou o dirigente. “Se a gente conseguir aumentar mais a receita, a gente reduz esse tempo.”

O cenário positivo do Palmeiras não significa que faltam desafios. Por exemplo, para manter as receitas em alta, terá de ser negociada uma solução para o imbróglio da candidatura da presidente da Crefisa Leila, ao Conselho Deliberativo. Isso pode interferir no patrocínio que dá em torno de R$ 80 milhões ao clube.

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