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Atentado com bombas deixa ao menos 36 mortos no aeroporto de Istambul

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Uma série de explosões deixou pelo menos 36 mortos e 147 feridos na noite desta terça-feira (28) no aeroporto internacional Mustafa Kemal Atatürk, em Istambul, o maior da Turquia.

Nenhum grupo terrorista assumiu a ação até o momento. Porém, o primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, disse que as forças de segurança consideram que o ataque foi feito pela facção terrorista Estado Islâmico.

O atentado é o mais mortal a atingir a maior cidade turca desde 2003 e o quinto em um ano. De acordo com o chefe de governo, os três autores chegaram de táxi ao terminal internacional do aeroporto.

Armados com fuzis AK-47, os três trocaram tiros com policiais antes de se explodirem, por volta das 21h50 (15h50 em Brasília). O primeiro se explodiu no saguão de desembarque, enquanto os outros dois na entrada do embarque.

Aeroporto Ataturk

Diferentemente de outros aeroportos, em Istambul os passageiros passam por detectores de metal e têm as bagagens vistoriadas antes de entrar no saguão de check-in, além do controle ao entrar na sala de espera.

Um deles chegou a ser contido por um policial antes de detonar os explosivos que levava consigo. Nas redes sociais, passageiros e funcionários publicaram fotos e vídeos logo após as explosões.

O governo afirma que 23 mortos são turcos e os outros 13, estrangeiros, entre eles um iraniano e um ucraniano. Assim como em atentados passados, o presidente Recep Tayyip Erdogan voltou a defender a “luta conjunta” contra o terrorismo.

“É claro que este ataque não tem outro objetivo que não criar material de propaganda contra nosso país usando simplesmente o sangue e o sofrimento de pessoas inocentes”, disse.

SEQUÊNCIA

Sob efeito da guerra civil na Síria e da insurgência curda, a Turquia sofreu nos últimos 12 meses com o aumento no número de atentados. O mais grave ocorreu em outubro e deixou 103 mortos na capital Ancara.

Assim como esta ação, o governo atribuiu a ação ao Estado Islâmico. Porém, diferentemente do que ocorre em outros países, a facção terrorista não reivindicou a maioria dos ataques a ela imputados pelas autoridades turcas.

Osman Orsal/Reuters
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Equipes de resgate atuam para socorrer vítimas de explosões no aeroporto de Istambul

Especialistas em terrorismo afirmam que o padrão é mais próximo ao da milícia. A suspeita se baseia principalmente na ação dentro do aeroporto de Bruxelas, que deixou 17 mortos em 22 de março.

Embora tenham sido menores, os atentados em Istambul atingiram principalmente áreas turísticas. O último, no dia 7, deixou 11 mortos em um bairro histórico do lado europeu da cidade.

O crescimento da ameaça terrorista abalou o turismo no país, que sofreu uma queda de 34,7% em maio deste ano, em comparação ao mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos e preocupa o governo.

Os atentados também são uma consequência dos bombardeios da Turquia, iniciados em julho de 2015. Ao mesmo tempo que atinge o Estado Islâmico na Síria, ataca bastiões dos curdos.

Atatürk é o terceiro aeroporto mais movimentado da Europa, atrás de Heathrow, em Londres, e do Charles de Gaulle, em Paris, com mais de 61 milhões de passageiros em 2015 —mais que Guarulhos e Galeão juntos.

Devido ao atentado, os voos previstos para Istambul foram desviados para Ancara e Esmirna. No entanto, o voo TK16 da Turkish Airlines, que saiu de São Paulo, pousou no Atatürk às 21h54, enquanto ocorria o ataque do lado de fora do aeroporto.

Segundo o Itamaraty, não há brasileiros entre as vítimas. O governo brasileiro condenou o ataque e prestou solidariedade à Turquia.

O Ministério das Relações Exteriores ainda disponibilizou para contato os telefones do consulado em Istambul (00/xx/90/554-834-5952) e a Assistência Consular em Brasília (0/xx/61/98197-2284).

Folha

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