Paraíba

PB tem 2,1 mil casos de câncer de pele e verão é época mais perigosa; veja cuidados

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O verão costuma trazer de volta a preocupação com a proteção da pele aos paraibanos. A exposição excessiva ao sol vem fazendo com que os casos de câncer de pele, melanoma ou não-melanoma, chegassem aos 2,1 mil entre 2016 ano e o começo deste ano, segundo estimativas da Secretaria de Saúde do Estado.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é divido em dois tipos. O melanoma é o que apresenta a menor porcentagem dos cânceres registrados, mas é o mais grave, com alta possibilidade de metástase, que ocorre quando o câncer se propaga por outras partes do corpo. Se identificado em fase inicial, a chance de cura é considerada boa.

O outro tipo de câncer de pele é o não-melanoma, o mais frequente no Brasil, porém de menor taxa de mortalidade, e que atinge 30% de todos os casos de tumores malignos no Brasil.

Conforme o Inca, o câncer de pele não-melanoma é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores.

Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. Se identificado em fase inicial, as chances de cura são consideradas boas.

Câncer de pele na Paraíba

Na Paraíba, os dados da Saúde mostram que tanto homens como mulheres são afetados quase que da mesma proporção pela doença, com estimativa de 1.050 casos para cada gênero.

O que muda é o tipo de câncer, com os homens sendo afetados mais pelo melanoma do que as mulheres, com estimativa de 40 casos em homens e 30 em mulheres. Já o câncer não-melanoma deve afetar 1.010 homens e 1.020 mulheres.

Com relação a mortes, a Saúde contabilizou 153 mortes por câncer de pele, sendo 91 casos em 2015 e 62 em 2016, até o dia 20 de dezembro.

Cuidados

Segundo a dermatologista Flávia Estrela, a exposição ao sol sem os devidos cuidados com a pele podem acarretar problemas agudos e crônicos.

“Nos riscos agudos temos desidratação, insolação, queimaduras solares que vão até segundo grau se as pessoas se descuidarem. Já os danos crônicos você só vai ver daqui a 20 ou 30 anos [após a exposição indevida ao sol], que são o câncer de pele e o fotoenvelhecimento”, afirmou a dermatologista.

Ainda de acordo com a dermatologista, as pessoas devem evitar a exposição ao sol entre às 10h e às 16h, considerado o período mais perigoso e de maior incidência de raios ultravioletas, causadores do câncer de pele.

“Temos visto pessoas cada vez mais novas [com câncer de pele]. Isso é uma questão de descuido, de falta de proteção. A proteção é feita com o protetor solar, mas ele não é passaporte para o sol. Ele deve ser aplicado a cada duas ou três horas, ou se for para o mar ou realizar exercício físico que soe muito tem que reaplicar nas horas corretas, com Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo de 30 ou acima”, contou a dermatologista.

Além da proteção na praia, a dermatologista também afirmou que as pessoas devem usar protetor solar ou bonés diariamente, prevenindo a exposição excessiva ao sol.

Tratamento

De acordo com a Saúde do Estado, a Paraíba possui quatro hospitais ativos que realizam o tratamento do câncer de pele e de outras doenças cancerígenas, sendo dois locais em João Pessoa, o Hospital Napoleão Laureano e o Hospital São Vicente de Paula, e dois em Campina Grande, sendo o Hospital Universitário Alcides Carneiro e a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP).

Além deles, a Paraíba também conta com o Hospital de Oncologia de Patos, que está pronto, mas não funciona por falta de equipamentos. A previsão é de que o hospital comece a atender a partir de 2017.

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