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Romero admite deixar PMCG para disputar governo com apoio da oposição

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), admitiu nesta quinta-feira (5) deixar a chefia do Poder Executivo para concorrer às eleições ao governo do Estado. Uma das condições é receber o apoio dos principais partidos de oposição, incluindo o PV, do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo. O prazo final para desincompatibilização de cargo termina no sábado (7).

O tucano explicou que, na recente passagem por Brasília, manteve contatos com lideranças políticas do Estado e foi incentivado a disputar o Palácio da Redenção, principalmente após a retirada da pré-candidatura de Luciano. Todavia, ele ponderou que a decisão de deixar o cargo é difícil.

“Quero ressaltar que não é fácil você chegar e simplesmente com uma assinatura renunciar a um mandato de prefeito. Evidentemente você pode dizer: você trabalhou para ser candidato. Trabalhei sim, não vou citar esse aspecto para não criar conflito, mas a coisa chegou de forma mais intensa agora, em um período já muito limitado”, afirmou Romero, durante entrevista coletiva na FIEP, onde anunciou a programação do São João deste ano.

A chapa

Para Romero, o ideal é sair uma chapa unificada da oposição com nomes de João Pessoa e Campina Grande. Ele ainda comentou que uma eventual postulação independe da decisão do governador Ricardo Coutinho deixar ou não o Palácio da Redenção. Deputados e vereadores aliados do prefeito comentaram na FIEP que o tucano tenta convencer o PV a indicar Lucélio Cartaxo, irmão do prefeito Luciano, a ser o candidato a cargo de vice-governador na sua chapa ou apontar outro nome.

A chapa majoritária seria composta com os senadores Raimundo Lira (PSD) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Nesta quinta-feira, à tarde, Romero viajou para João Pessoa, a fim de se encontrar com Luciano Cartaxo e outras lideranças da oposição.

Saída do PSDB

Filiado ao PSDB desde a década de 90, Romero Rodrigues adiantou que vai, no futuro, deixar o partido, por uma questão ideológica em relação à direção nacional, descartando problemas com as lideranças estaduais da sigla. Vale salientar, no entanto, que recentemente o prefeito fez críticas à condução do partido, na Paraíba, pelo presidente Ruy Carneiro.

“Eu fui para o PSDB quando houve aquela separação do PMDB, que era aquele centro-esquerda, mas essa convicção de centro-esquerda não existe mais. Então, em função disso, um dia eu devo mudar. Não é por conta das eleições, nem tampouco por conta das lideranças políticas do Estado, é por uma questão minha, embora não esteja estabelecendo um prazo”, justificou Romero.

JP

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