Demora em fechar novas contratações pressiona diretoria do Flamengo
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Após prometer mudanças no futebol, Bandeira de Mello é cobrado por reforços no Fla
Reeleito no início de dezembro e empossado para mais um mandato à frente do Flamengo há uma semana, Eduardo Bandeira de Mello já se vê pressionado neste início da nova gestão.
Com um discurso de reformulação completa na política do futebol e investimentos no setor mais criticado nos primeiros três anos de trabalho, o presidente e sua diretoria encaram críticas de torcedores e até aliados políticos por conta da falta de reforços de peso nestas primeiras semanas de atuação no mercado da bola.
Impaciente, a torcida perdeu a calma de vez com a demora na novela sobre a contratação do zagueiro Henrique. Apontado internamente como provável reforço, o jogador do Napoli (Itália) ficou distante da Gávea e levantou dúvidas sobre a atuação dos cartolas rubro-negros no mercado.
Incomodados com as cobranças, dirigentes como o vice de comunicação, Antônio Tabet, e o vice de finanças, Claudio Pracownik chegaram a utilizar rede sociais para tentar acalmar os torcedores.
“Esclarecendo: Investimentos em futebol não são exclusivamente em elenco; os recursos previstos estarão disponíveis [caixa] ao longo de 2016”, postou Pracownik, em sua conta pessoal no Twitter, tentando responder aos questionamentos sobre os quase R$ 30 milhões que o clube anunciou que teria para reforçar o elenco.
Em mensagem de fim de ano aos associados e torcedores, Eduardo Bandeira de Mello reforçou o discurso de melhorias no questionado departamento de futebol.
“Sabemos do compromisso que temos com os nossos mais de 40 milhões de torcedores. Em 2016, vamos trabalhar ainda mais firme nessa obrigação em construir uma equipe de futebol competitiva. Com a cara e a alma que o clube Mais Querido do Mundo exige”, escreveu.
Na segunda-feira, nova tentativa de acalmar os ânimos. Em entrevista à rádio Transamérica, foi a vez de Claudio Pracownik prometer reforços de impacto.
“O Flamengo está em curso de algumas negociações de impacto para a próxima temporada, e elas foram ajustadas conforme a visão da nova comissão técnica. Tenho certeza de que esses nomes terão boas críticas quanto a isto de todos. Estamos otimistas”, disse o vice de finanças.
A promessa, no entanto, não repercutiu bem no clube. Alguns aliados do presidente Bandeira de Mello enxergam dificuldade para que tal discurso seja cumprido e temem nova enxurrada de cobranças no principal e mais criticado setor da gestão.
Após fechar com Rodinei, Juan e Chiquinho, o Flamengo admite abertamente as negociações com Henrique, Mancuello e Marcelo Díaz. Enquanto o primeiro ficou distante por conta de propostas melhores dos concorrentes, o segundo encontra resistência de seu clube – Independiente (Argentina) – e o último depende de avaliações de uma lesão muscular grave para dar andamento nas conversas.