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Quem é Tia Eron? A deputada federal que decidirá o destino de Eduardo Cunha18

14abr2016-deputada-tia-eron-prb-ba-durante-reuniao-do-conselho-de-etica-da-camara-1465239745558_615x300 Quem é Tia Eron? A deputada federal que decidirá o destino de Eduardo Cunha18

Quando o Conselho de Ética se reunir a partir das 14h30 desta terça-feira (14) caberá à deputada federal Tia Eron (PRB-BA), 44, o voto decisivo do parecer que pede a cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em pelo menos duas ocasiões, Tia Eron já votou de acordo com interesses de Cunha: votou nele na eleição para a Presidência da Câmara, no início de 2015, e deu seu voto favorável à admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, na sessão do dia 17 de abril.

Para a deputada, sob a direção de Cunha, a Câmara “produziu como nunca”. E acrescentou: “Claro que eu tenho de comemorar, isso é um grande ganho político para a população brasileira”.

Apesar dessa concordância com Cunha, desde que os holofotes se voltaram para a deputada federal, ela se negou a indicar como votaria no Conselho de Ética. A parlamentar, inclusive, tem reclamado de pressão de parlamentares e da opinião pública sobre seu voto. Em suas redes sociais, eleitores têm deixado mensagens pedindo para que ela vote pela cassação de Cunha.

Fiel da Igreja Universal de Reino de Deus, com uma pauta parlamentar ligada aos direitos das mulheres e da população negra, a congressista foi a mulher mais votada entre os deputados federais eleitos pela Bahia, nas eleições de 2014, após três mandatos consecutivos como vereadora de Salvador.

Por ter supostamente cometido improbidade administrativa, ela é ré em uma ação civil pública que tramita na 5ª Vara de Fazenda Pública da capital baiana e teve sua prestação de contas de campanha contestada pelo Ministério Público Eleitoral

Publicamente, são 10 votos contrários contra nove votos favoráveis ao parecer do deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO), cujo relatório recomenda a cassação do mandato de Cunha, por quebra de decoro parlamentar, ao mentir à CPI da Petrobras sobre a existência de contas no exterior em seu nome.

Se Tia Eron votar contra o parecer, o processo de Cunha será arquivado. Caso vote a favor, haverá um empate de 10 a 10, e a questão será decidida pelo presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), que já se posicionou a favor da cassação de Cunha. “Ela não fala sobre o assunto com ninguém, mas me pareceu muito tranquila e segura do que irá fazer”, disse o vereador de Salvador, Isnard Araújo, colega de partido.

UOL

 

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