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Sem Messi, Argentina se vê como divorciado que se abala com perda

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Parece aqueles casamentos em que um dos cônjuges reclama o tempo todo do desempenho do outro, até que este decide pedir o divórcio, surge uma sensação imensa de perda e surge um grito: “”Messi, no te vayas”, como dizia a manchete de capa do jornal esportivo “Olé”.

E é também uma cruel ironia: no momento em que ele estava sendo, enfim, entronizado no altar-mor dos deuses do futebol argentino, um pênalti ridiculamente cobrado transforma-o de novo no vilão, o que não consegue ser com a camisa azul-e-branca o mesmo fenômeno que é com a “blaugrana” do Barça.

É, de todo modo, a história de um divórcio anunciado: tantas foram as críticas na Argentina às suas atuações com a seleção que ele se sentia, “às vezes, como um estrangeiro na sua própria terra”, como contou ao jornal “Clarín” Guillem Balagué, o jornalista (espanhol) que escreveu a única biografia autorizada do (ainda) melhor jogador do mundo.

São justas as críticas? Depende do ângulo: se se trata de empenho, são injustas. Mesmo no desastre do domingo (26), ele buscou ao máximo a vitória e teve, no seu ativo, o fato de ter provocado a expulsão de Díaz com só 30 minutos de jogo, o que daria à Argentina teórica vantagem, afinal desaproveitada.

Se, no entanto, a crítica é sobre a falta de títulos grandes, é justa: entre Mundiais e Copas América, perdeu sete, enquanto, no Barça, conquistou 12 troféus importantes.

O que abateu Messi —e a Argentina— foi a maldição de 23 anos sem conquistas relevantes. Como disse após o jogo, “são quatro finais. Não é para mim. Tentei, é o que mais desejava, mas não deu”.

Agora que o divórcio está anunciado, a Argentina que se queixava do craque cai na real: como escreve Sebastián Fest, em “La Nación”, “Messi é a bênção de uma Argentina maldita. Sem ele, a Argentina é uma seleção de segunda linha”.

O Pipoco

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