Pesquisa aponta que vereadores caririzeiros levam o tempo em aprovar nomes de rua
Uma pesquisa acadêmica referente aos anos de 2008 a 2012, realizada por alunos do curso de Gestão Pública da UFCG (campus Sumé) e publicada em livro, revela a improdutividade dos legislativos da região, a partir de levantamento feito em algumas cidades do Cariri. A informação foi repassada pelo professor doutor em Ciências Sociais, Irivaldo Oliveira.
Em cidades como Sumé e Serra Branca, dois dos maiores municípios do Cariri, os projetos de lei de iniciativa do Executivo são em números bem maiores que os do Legislativo. Outro fato detectado na pesquisa foi a irrelevância da maioria dos projetos submetidos pelos vereadores.
Em Serra Branca, por exemplo, no período analisado nenhum projeto relacionado a saúde, educação, meio ambiente e política econômica foi apresentado pelos vereadores. Ao Poder Legislativo serra-branquense coube a iniciativa de todos os projetos de lei voltados à nomenclatura de espaços públicos e criação de datas comemorativas.
O professor Irivaldo Oliveira acredita que apesar da pesquisa ter sido realizada na Legislatura passada, pouco mudou no atual contexto. Para ele, os vereadores ainda não compreenderam seu papel e sua missão no exercício da função para a qual foram efeitos.
A baixa produtividade dos vereadores caminha junto com o baixo nível de escolaridade da classe no Cariri. Na região, o índice de vereadores com curso superior está na casa dos 14,12%, o que pode ter relação estreita com a pobre e baixa produtividade nas Câmaras Municipais.
A pesquisa mostrou ainda que passado o período pesquisado e talvez relacionado a baixa produtividade dos parlamentares, o município de Serra Branca reelegeu, na última disputa eleitoral, em 2012, apenas 2 deles, registrando uma das menores taxas de reeleição de toda a região do Cariri. O levantamento traduzido em trabalho de conclusão de curso de Allan Gustavo Freire foi feito nas cidades de Camalaú, Coxixola, Serra Branca e Sumé.
Serra Branca FM