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Programa Mais Médicos é provisório, diz Ricardo Barros, ministro da Saúde

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Segundo ele, parte desse cenário ocorre porque uma emenda na Constituição determina que a remuneração de funcionários públicos nos municípios não pode ser superior à do prefeito. “Isso precisa mudar. Há cidades pequenas em que o prefeito ganha R$ 3.000 ou 4.000. O médico não trabalha por isso.”

O ministro também anunciou novas medidas em relação ao programa. Em uma delas, pediu ao governo de Cuba e à Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), responsáveis pela vinda dos médicos cubanos ao Brasil, que “flexibilizem” sua posição para que parte dos cubanos que chegaram em 2013 possam prorrogar o contrato por mais três anos. “Mais de 1.000 já casaram com brasileiros e alguns têm filhos”.

A Opas tem informado que os médicos serão substituídos em novembro. “Solicitamos e deverá haver flexibilização para que os que queiram possam permanecer, porque já estão articulados com a comunidade”, disse.

Ao todo, 18.240 médicos atuam no Mais Médicos, que oferta bolsa de R$ 10 mil a brasileiros e estrangeiros. Destes, 11.429 são cubanos –cerca de 20% deles devem ser substituídos em novembro.

Barros afirmou ainda esperar que os cubanos sejam substituídos ao longo do tempo por brasileiros e que convidou o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira para prepararem um edital com novas medidas que incentivem os brasileiros a ocupar vagas em cidades mais distantes, onde hoje a maioria é de cubanos.

s substituir alguns médicos. Eles saem e entram os brasileiros. Esperamos que isso aconteça ao longo do tempo, até que só brasileiros fiquem no Mais Médicos.” Apesar de definir o programa como “transitório”, Barros disse que o prazo para acabar ainda é “imprevisível”, por depender da disposição de médicos brasileiros para ocupar os postos. “Médicos formados nessas novas faculdades e qualificados podem não se dispor a ir trabalhar onde precisamos. Temos que aguardar.”

Sobre manter o programa só com brasileiros, afirmou que essa proposta, nos moldes de uma carreira de Estado para médicos, é contra o pacto federativo. “Por que vou ter um contingente de médicos no governo federal se não é minha responsabilidade e se o sistema de saúde é descentralizado?”, disse. “A carreira de médico tem que existir nos municípios.”

O Pipoco

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