Suspeito por terrorismo, preso na PB é levado para presídio do MS
A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (22) que os dez presos da Operação Hashtag, dentre eles o detido na cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa, foram levados para o presídio federal de Campo Grande. A unidade é de segurança máxima e recebe presos de alta periculosidade. Os presos são suspeitos, segundo o Ministério da Justiça, de terem realizado “atos preparatórios” visando ações terroristas.
As prisões, realizadas a 15 dias da olimpíada, foram as primeiras no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
Segundo o ministério, alguns dos investigados na operação chegaram a fazer um juramento virtual ao grupo, no qual repetiam palavras de uma gravação, mas não tiveram contato com membros do Estado Islâmico. Para as autoridades brasileiras, os presos são uma “célula absolutamente amadora” e sem “nenhum preparo”.
O governo brasileiro não divulgou o nome dos presos. O G1 confirmou o nome de três deles: . Levi Ribeiro de Jesus, preso no Paraná; Vitor Magalhães, preso em São Paulo; e Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, preso no Amazonas.
Outras três pessoas foram presas no estado de São Paulo. As restantes foram presas no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, no Ceará e na Paraíba.
Outras duas pessoastêm mandado de prisão, mas ainda não foram detidas pela polícia. Na quinta (21), o governo informou que já rastreia esses suspeitos e deve prendê-los “em breve”.
Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.