Agora é oficial: os que antes intitulávamos de pré-candidatos, hoje são, de fato, candidatos a cargos públicos. Foi dada a largada na busca incessante da melhor maneira para conseguir o seu voto. Eles estão preparados, munidos e armados até os dentes e com a lábia afiada. Partiram em disparada como o Bolt em busca do ouro olímpico nos 100 metros rasos. É hora do vale tudo. Nesta fase da campanha, os candidatos vestem-se de ‘cordeiros’, como se fossem os seus melhores amigos procurando dar demonstrações de afeto a você, eleitor.
Este é o momento que eles têm para visitar a sua casa, abraçar você, olhar nos seus olhos e mostrar um grande e simpático sorriso, cheio de dentes brancos e brilhantes, com suas ofertas e propostas para o período. É a fase do tudo ou nada, complicada para candidatos e eleitores. Quem é candidato, por exemplo, precisa ter paciência para lidar com o que aparecer pela frente – deve estar preparado para um SIM, para um NÃO ou para a melhor das opções: os questionamentos de um eleitor esclarecido.
– O que você tem a propor para o seu município? Você está preparado para gerir esta cidade? Posso ver seu planejamento? Onde estão as propostas para a cultura? Por que eu devo votar em você? Estes são, apenas, alguns questionamentos que poderão ser feitos pelo eleitor. E cada uma dessas perguntas requer uma justificativa dos candidatos.
Para nós, eleitores, é o tempo de ‘ligar o sinal de alerta’ sem esmorecer na caminhada: é o nosso momento! A conversa dos candidatos vai ser bonita; a ladainha, comprida; e vai ser difícil escapar das artimanhas que eles usam para tentar nos ludibriar, mas precisamos nos manter atentos. As perguntas expostas acima são imprescindíveis. É importante questionar, afinal de contas temos que saber a quem estaremos entregando o futuro do município – e o nosso, por tabela. Está em nossas mãos fazer valer o artigo 1°, parágrafo único da Constituição Federal que diz “Todo poder emana do povo […].”
É hora questionar! Suponhamos que eles (os candidatos) estão pleiteando uma vaga numa empresa onde você é o patrão. E como é preciso conhecer detalhes do seu funcionário, seja um entrevistador atrevido, abusado, ousado… Pergunte! ‘Toque na ferida’ e analise as reações! Essas atitudes nos colocam numa posição privilegiada e faz com que eles sintam que o povo já não é o mesmo de antigamente. Nós passamos e ainda estamos passando por momentos difíceis, desacreditamos dos nossos políticos que vez por outra aparecem com seus nomes manchados por um ‘lamaçal’ sem fim de corrupção. É por essas e outras que precisamos nos colocar nessa posição. É hora de jogar na defesa e no ataque e de nos certificarmos que os que elegerem os não estarão futuramente nesse mesmo ‘mar de lama’, atolados até o gogó, levando o município e o povo junto com eles.
Gerir um município não é para qualquer um. Se nós entendermos isso, o nosso trabalho vai ser facilitado. Tendo consciência de que um bom gestor tem projetos para o futuro, pensa na coletividade, tem planejamento, apresenta plano de governo, conhece a realidade do município, reside no município, tem conhecimento, e, principalmente, está cercado de pessoas preparadas, conseguiremos avaliar melhor os candidatos aos tão desejados cargos e, consequentemente, separaremos ‘o joio do trigo’ na política. Nós, enquanto eleitores detentores de poder não devemos nos mostrar vulneráveis. É hora de mostrar força! Se tiver duvidas sobre o papel dos gestores, pesquise e leia – a internet serve para te ajudar nesses casos, mas jamais, sobre hipótese alguma, esmoreça na luta pelos seus direitos e pela melhoria da qualidade de vida no seu município.
Por Luanna Brandão
acreditar que as coisas vão mudar é a mesma coisa que acreditar em papai noel: vai continuar tudo do mesmo jeito ,senão pra pior ;não sou pessimista apenas vejo a nossa realidade