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Seleção vence campeão europeu por 3 sets a 1 e está na próxima fase

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Ao som de “o campeão voltou”, a torcida cantou no ginásio do Maracanãzinho a trilha sonora da classificação do vôlei masculino do Brasil para as quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio, na noite desta segunda-feira. O jogo que se estendeu até o começo da madrugada acabou com a vitória por 3 sets a 1 (25/22, 22/25, 25/20 e 25/23) e trouxe o alívio pela vaga, ameaçada após duas derrotas seguidas na fase de grupos.

O adversário na próxima fase será a Argentina, surpresa da competição ao ficar na liderança do Grupo B, à frente de potências como Rússia e Polônia. O tenso confronto contra a França foi equilibrado, polêmico e pontuado por inúmeros pedidos de desafio e reclamações da arbitragem. Os resultados da rodada fizeram o encontro ser um mata-mata antecipado.

As duas seleções perderam para Estados Unidos e Itália antes de deixarem para o último jogo da fase de grupos a decisão de quem passaria para as quartas de final. Mais cedo, pelo mesmo grupo, os norte-americanos derrotaram o México e os italianos, sob forte vaias da torcida, pouparam titulares e perderam para o Canadá.

A torcida também acirrou a disputa entre brasileiros e franceses logo após saberem, então no terceiro set, do ouro de Thiago Braz sobre Renaud Lavillenie no salto com vara. O atleta teve o nome gritado no ginásio. O sistema de som também anunciou o resultado obtido no estádio Olímpico, o Engenhão. “Muito obrigado, torcida. Foi só o início. Com a ajuda da torcida nós vamos conquistar esse sonho”, disse o levantador e capitão Bruninho ao ginásio após a vitória.

O nervosismo era a principal preocupação do técnico Bernardinho para o encontro. A expectativa da torcida por medalha, a tradição na modalidade e os três vice-campeonatos nos dois últimos anos faziam o elenco ficar sob a suspeita de tropeçar na própria ansiedade inerente aos momentos decisivos.

Para piorar, o favorito Brasil vinha de três finais olímpicas seguidas e chegou como um dos grandes favoritos. Já a França, apesar de ter se tornado recentemente uma força no vôlei, jamais tinha passado para a segunda fase do torneio olímpico.

Logo na disputa do segundo ponto, a França pediu desafio de um toque na redea e mostrou o quanto cada lance seria tenso e importante. O Brasil demorou a entrar no ritmo dos adversários, principalmente por dificuldades em encaixar o saque. Somente quando conseguiu empatar em 16 a 16 e arrancou para fechar o primeiro set em 25 a 22, o time da casa corrigiu a força ofensiva, junto com a evolução do bloqueio.

A França repetiu o bom começo no segundo set, assim como o Brasil não arrumou o problema de posicionamento da defesa. O temido N’Gapeth sempre achava uma diagonal livre para colocar a bola no chão. Pelo menos o Brasil tinha Wallace. O jogador de 29 anos gritava para pedir a bola, com razão. Fez 12 pontos nos dois primeiros sets, mas sozinho não pode resolver. A França foi melhor no saque e igualou o jogo ao devolver o 25 a 22 no segundo set.

Bandeiras francesas espalhadas pelo Maracanãzinho e os gritos de “Allez, les bleus (Avante, azuis)” demarcaram a presença estrangeira no ginásio. Na imensidão do público de camisas amarelas, uma minoria de azul queria presenciar uma das possíveis maiores glórias do vôlei do país.

A etapa seguinte seria importantíssima para os rumos do jogo. Por isso, antes tarde do que nunca, Lucarelli começou a ser decisivo. O Brasil não tinha só mais Wallace como opção para atacar ao ganhar a presença de Lipe como outro caminho para atacar. A variedade possibilitou fechar o terceiro set por 25 a 20 e encaminhar a vitória.

A vantagem tranquilizou, sem resolver. A França se manteve na frente e mais constante no equilibrado quarto set. O Brasil só igualou e resolveu o jogo depois de muito sofrer. O empate só chegou no 23 a 23, ainda assim, depois de dois pedidos seguidos de desafio, um para cada lado. O dos brasileiros, foi acatado, o que colocou o time no caminho para fechar o jogo e a classificação por 25 a 23.

ig

O Pipoco

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