Sérgio Moro aceita denúncia e Lula vira réu da operação Lava Jato
O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Com isso, Lula se torna réu na operação que investiga diversas denúncias de corrupção na Petrobras.
A denúncia que se refere ao ex-presidente abrange três contratos da empreiteira OAS com a Petrobras. Afirma, ainda, que Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas pagas diretamente a ele.
Além de Lula, sua mulher e ex-primeira-dama Marisa Letícia também se transformou em réu. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o arquiteto Paulo Gordilho, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Agenor Franklin, ex-executivo da OAS e Fábio Hori, ex-presidente da empreiteira, também se transformaram em réus.
STF nega recurso do ex-deputado André Vargas na Lava Jato
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar mais um pedido da defesa para soltar o ex-deputado federal André Vargas, condenado em uma das ações penais da Operação Lava Jato. Vargas está preso desde abril do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
No Supremo, os advogados alegaram que houve ilegalidades na decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-deputado paranaense.
A votação foi por unanimidade. Votaram contra a concessão de liberdade o relator, Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Celso de Mello, e o presidente do colegiado, Gilmar Mendes.
Em setembro do ano passado, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal na capital paranaense, condenou Vargas a 14 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em dezembro de 2014, o mandato de André Vargas foi cassado pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram cassá-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro em obras da Petrobras.
Na mesma sessão, os ministros negaram pedidos para anular a parte da investigações da Operação Lava Jato que envolve os ex-diretores da empreiteira Queiroz Galvão Idelfonso Colares e Othon Zanoide.