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Acusado de planejar morte de casal em casamento é condenado

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O réu Franciclécio de Farias Rodrigues foi condenado a 54 anos de prisão pela morte do casal Washington Luiz e Lúcia Santana, assassinado na saída de uma festa de casamento, em 29 de março de 2014, no bairro Catolé, em Campina Grande. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (20), no Tribunal do Júri da cidade e a sentença foi prolatada por volta das 21h30 pelo juiz Falkandre Queiróz. O condenado vai cumprir a pena inicialmente em regime fechado, no presídio Raymundo Asfora (Serrotão).

A pena de 54 anos foi referente ao duplo homicídio qualificado, com 18 anos para cada vítima, e à dupla tentativa de homicídio qualificada, com 9 anos para cada vítima. Ele vai ter direito a progressão do regime depois de cumprir um terço da pena. Apesar da sentença dos 54 anos de prisão, penas privativas de liberdade não podem ser superior a 30 anos no Brasil.

De acordo do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Franciclécio foi condenado por participar do planejamento da morte do casal e de realizar o pagamento do acusado de tentar matar Washington dias antes da morte de fato, Aleff Sampaio, que continua preso, e também de pagar o executor do casal, Samuel Alves, que já foi condenado 42 anos de prisão no mês de agosto, junto ao réu Gilmar Barreto da Silva, condenado a 37 anos e quatro meses.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, que embasa a acusação do MPPB, Franciclécio é suspeito de agiotagem e Washington lhe devia R$81 mil, pela compra de uma caminhoneta. Na casa dele a polícia encontrou 30 munições e um revólver, ambos de calibre 32, no dia em que ele foi preso, na operação Iscariotes da Polícia Civil.

O julgamento começou por volta das 9h desta quinta-feira e ainda pela manhã o réu foi interrogado e foram apresentadas mídias de vídeos com depoimentos de testemunhas. Por volta das 13h30 o julgamento teve um pausa de 20 minutos.

Após o retorno, outros vídeos foram expostos junto a acusação do Ministério Público, que teve como representante o promotor de justiça Arlindo Almeida, seguida da fala da defesa que foi feita pelo advogado Bruno Cadé, constituído novamente, após a renúncia. Já era noite quando acusação e defesa entraram na réplica e tréplica.

Segundo o promotor de justiça Arlindo Almeida, “Franciclécio é acusado de ter feito um elo, a ponte, entre aqueles que comandaram o crime e a parte que cometeu o crime, acusado de ter dado todo o apoio para efetivamente o crime acontecesse. Ele foi o contratante, o financiador, o que deu a estrutura, o que motivou o crime, o que pagou, o que ofereceu os veículos, as armas para o crime. Essa é a acusação que pesa contra o Franciclécio”, disse o promotor.

Já a defesa disse que “na verdade, ele não tem nada a ver com toda essa discussão. As acuações contra eles são bem esgotadas. Ele sempre afirmou que é inocente. As vezes a forma como são criados e como eles são noticiados os fatos, eles criam dúvidas com relação a qualquer pessoa. O inquérito policial ainda é uma forma inquisitorial, ou seja, acusa e a gente não se defende, e aí quando está com a opinião formada termina aqui”, disse o advogado Bruno Cadé.

Adiamentos

Inicialmente, o julgamento de Franciclécio aconteceria no dia 18 de agosto, mas foi adiado a pedido da defesa, que alegou que o réu havia sido agredido no presídio e não tinha condições de participar da sessão. Um novo julgamento foi remarcado o dia 30 de agosto, mas o advogado do réu, na época, renunciou o caso no início da sessão, provocando um novo adiamento.

Entenda o caso

Os assassinatos aconteceram na saída da festa de casamento de Nelsivan Marques, na frente de uma casa de festas no bairro Catolé. O caso ganhou repercussão nacional depois que a polícia descobriu o plano para a execução do duplo homicídio.

Segundo a investigação, o empresário Nelsivan Marques, que era sócio de Washington na propriedade de uma faculdade particular de Campina Grande, decidiu mandar matar o casal depois de desconfiar que estava sendo enganado por ele. Além disso, segundo a Polícia, Whashington devia R$ 81 mil a Franciclécio, na compra de uma caminhoneta. O crime foi investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil e o inquérito foi presidido pela delegada Tatiana Matos.

G1

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