Paraíba

MPF de Monteiro denuncia ex-prefeito, três empresários e mais seis pessoas

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O Ministério Público Federal em Monteiro, no Cariri da Paraíba, a 305 km de João Pessoa, denunciou, nesta segunda-feira (17), no âmbito da Operação Cardeiro, que teve o objetivo desarticular quadrilha envolvida em desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e falsidade ideológica, o ex-prefeito Thiago Pereira de Sousa Soares, do município de Princesa Isabel, no Sertão, a 420 km da Capital, além de três empresários e mais seis pessoas.

Os denunciados responderão pelos crimes de fraudes em licitações, peculato e organização criminosa.

Operação Cardeiro

Deflagrada no dia 19 de julho deste ano, pelo Ministério Público Federal em Monteiro, Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, a Operação Cardeiro teve como foco um esquema que era realizado na Prefeitura Municipal de Princesa Isabel. Estima-se em cerca de R$ 1 milhão a quantidade de verbas federais desviadas, oriundas do Ministério da Saúde. A operação ocorreu nos estados da Paraíba e Pernambuco, nas cidades de João Pessoa, Princesa Isabel, Salgueiro (PE) e Pesqueira (PE).

Foram expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal em Monteiro dois mandados de prisão preventiva, sete mandados de condução coercitiva, 10 mandados de busca e apreensão, três afastamentos cautelares de funções públicas, além de medidas de sequestro de bens. Atualmente todos estão soltos.

A investigação

Iniciada pelo MPF em Monteiro em julho de 2014, a partir de denúncia da 11ª Gerência Regional de Saúde em Princesa Isabel, da Secretaria Estadual de Saúde, e embasada em relatórios de auditoria da CGU – constatou que uma empresa ganhou duas licitações com suspeitas de favorecimento, em virtude de relações de parentesco entre os proprietários do empreendimento e o então secretário de Administração e ex-prefeito de Princesa Isabel, Thiago Pereira de Sousa Soares, cassado pela Justiça Eleitoral em 2012.

Ao fiscalizar a construção de quatro Unidades Básicas de Saúde e um Centro Especializado em Reabilitação, orçados em cerca de R$ 5 milhões, constatou-se o desvio de aproximadamente R$ 1 milhão.

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