Cássio acha cedo falar de 2018, elogia Cartaxo, cobra ação do TRE e aponta ‘mentiras’ de Ricardo
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) considerou precipitado qualquer debate sobre o projeto da oposição para 2018 na Paraíba, defendeu a unidade da aliança formada pelo seu partido com o PMDB e o PSD, e evitou apontar nomes preferenciais para a chapa. Foi o que ele disse na noite desta segunda-feira (19) no Frente a Frente, da TV Arapuan, apresentado pelo jornalista Heron Cid, na sua primeira entrevista após quatro meses de silêncio e reclusão, durante licença parlamentar.
“Esse não é o momento de se colocar nomes. Aquele tem tiver melhor condição e viabilidade no momento oportuno. Você entra numa eleição para ganhar. Vai depender das circunstâncias”, opinou, acrescentando que seu nome estava à disposição para consultas.
O tucano também considerou o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, como uma das alternativas a serem debatidas em 2018. “Luciano tem envergadura para disputar qualquer cargo”, acentuou Cunha Lima.
A lentidão do TRE
Cássio lamentou a demora do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba no julgamento de ações referentes ainda às eleições de 2014 contra o governador Ricardo Coutinho. “A pior justiça é a que tarda, porque institucionaliza a injustiça”, criticou, parafraseando Ruy Barbosa.
Ele lembrou um precedente da própria corte que lhe julgou e cassou em seis meses de mandato. “A sessão durou 40 minutos, sem nenhum pedido de vista e nenhum debate aprofundado. “Não tem como absolver o governador dos crimes que interferem no resultado das eleições. Mas o TRE até aqui não julga”, enfatizou.
Viaduto do Geisel e mentira
A propósito da inauguração do Viaduto do Geisel, Cássio destacou a participação do Governo Federal com mais de 50% dos recursos da intervenção de mobilidade urbana. O tucano contestou declarações do governador Ricardo Coutinho (PSB), que acusou a bancada federal paraibana de atrapalhar a liberação de recursos.
“Ele está mentindo. A bancada federal ajudou e muito”, sustentou.
Para Cássio, o governador se utiliza sempre da estratégia do enfrentamento e da desqualificação quando instado a ter que se posicionar sobre temas desconfortáveis, como, segundo o senador, a falta de planejamento e providências do Estado na convivência com o colapso hídrico.
Política nacional
Na entrevista, o senador Cássio Cunha Lima comparou o Brasil, no Governo Temer, a complexidade de uma manobra feita por um navio transatlântico, que carece de tempo e perícia.
Ele entende que o presidente da República tem adotado as medidas necessárias para tirar o Brasil da crise econômica e renovou o apoio do PSDB ao Governo. “O PSDB tem responsabilidade com o Brasil”.
Cássio citou a proposta do teto dos gastos públicos como exemplo. “Não de pode gastar mais do que se arrecada. Essa foi uma lição que ficou”, apontou o senador.
MaisPB