Paraíba

Com bancos funcionando sem dinheiro, comércio de 28 cidades do Cariri entra em colaps

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A crise na segurança pública vivida em todo Brasil, tem afetado a Paraíba de forma devastadora. A reportagem viajou para algumas cidades da região do Cariri paraibano e pode ver de perto a realidade enfrentada por mais de 169. 847 mil pessoas que estão sendo penalizadas diariamente.

Com as constantes explosões a bancos e agências dos Correios, o Banco do Brasil tem adotado a postura de não operar com dinheiro nas agências do Cariri, colocando à disposição da população apenas serviços administrativos. Quem necessita sacar dinheiro precisa percorrer até 100 quilômetros até encontrar uma agência disponível.
Com isso, a economia de quase todas as cidades da região está entrando em colapso.
O empresário, José de Arimatéia, da cidade de Cabaceiras, responsável pela geração de mais vinte empregos em uma  cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, explicou que a situação é insustentável e que encontra dificuldades para manter o quadro de funcionários.
O pagamento de aposentados, pensionistas e funcionários públicos que era a base da maioria do comercio local, agora está circulando em grandes centros urbanos, como Campina Grande e Monteiro, já que para sacar ou depositar, o cidadão tem que se deslocar para essas cidades.
“O aposentado de Serra Branca que vai receber o seu benefício em Monteiro ou em Campina, na maioria das vezes recebe e já faz a feira e outras compras por lá mesmo, com isso a nossa economia afunda a cada dia”, afirmou o comerciante Edilmo Lima, dono de um pequeno supermercado.
Em Boqueirão, cidade das águas, o comércio está em situação semelhante. A população tem que enfrentar filas quilométricas na única agência dos Correios da cidade para receber salários. A agência dispõe de apenas dois funcionários para atender a população local. Para garantir atendimento, vários moradores madrugam na fila.
“Todo mês eu chego de meia noite para receber a minha aposentadoria”, disse Maria Aparecida.
Além dos problemas provocados pela ausência de serviços bancários considerados essenciais, o município de Boqueirão, um dos maiores produtores de frutas e verduras do Nordeste, também sofre com a crise hídrica, já que a irrigação está suspensa pelo baixo nível do açude Epitácio Pessoa, principal fonte de renda da cidade.
“Tivemos uma baixa de mais de 40% nas vendas. Sem irrigação e sem banco, nossa situação se complica a cada dia. Só nos resta esperar pela Transposição do Rio São Francisco”, lamentou Leonilson Veríssimo, que possui uma farmácia no município.
Em Sumé, a situação não é diferente das demais cidades. Para garantir seus pagamentos, os moradores têm buscado alternativas em pequenos postos de atendimento como: Pague Fácil, Loteria da Caixa e Banco Bradesco.
Na região do Cariri, a única cidade em que a agência do Banco do Brasil está funcionando normalmente é Monteiro.
O PIPOCO
Bruno Lira

O Pipoco

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