Dengue, zika e chikungunya: Brasil teve quase 2 milhões de casos em 2016
Em 2016, o Brasil registrou 1.987.678 casos das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil: dengue, zika e chikungunya. As arboviroses provocaram 846 mortes. Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (2), que contabilizam os casos registrados até o dia 31 de dezembro.
Foram 1.500.535 casos de dengue, 271.824 de chikungunya e 215.319 de zika. Em 2015, o país tinha registrado 1.688.688 casos de dengue e 38.499 de chikungunya (os casos de zika só passaram a ser notificados em 2016), somando 1.727.187, o que aponta para um aumento de 15% de um ano para o outro. Já o número de óbitos pelas doenças foi menor em 2016 em comparação a 2015, quando 866 mortes pelas arboviroses foram registradas.
Os dados mostram ainda que 2016 foi o ano com o segundo maior número de casos de dengue no Brasil desde 1990, quando os dados começaram a ser registrados no Brasil, perdendo só para 2015.
Segundo o infectologista Juvêncio José Duailibi Furtado, coordenador científico da Sociedade Paulista de Infectologia, o aumento das doenças transmitidas pelo Aedes no Brasil nos últimos tempos se deve a uma falha no combate ao mosquito. “Não conseguimos controlar população de mosquitos”, diz. “Existem vários vírus chegando ao Brasil: zika, chikungunyam mayaro. Mas o transmissor é o mesmo, o Aedes, por isso nosso grande desafio é combatê-lo.”
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