O açude de Camalaú, que fica no município de Camalaú, Cariri paraibano, a 320 km de João Pessoa, começou a receber as águas da transposição no dia 17 deste mês e já conta com 2,9 milhões de metros cúbicos (m³) de capacidade, ou 6,2% do total que pode armazenar, que é de 48,1 milhões de m³, segundo medição feita nesta quinta-feira (23) pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa).
De acordo com o presidente da Aesa, João Fernandes, o órgão, junto com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), está limpando o leito do rio Paraíba e realizando ações para que acelerar o deslocamento da água de Camalaú para o açude Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, responsável por abastecer Campina Grande.
Ainda segundo João Fernandes, técnicos da Aesa estão cadastrando moradores e instruindo ribeirinhos para que eles não construam cercas no leito do rio Paraíba com objetivo de bloquear parte da água da transposição.
“Não admitiremos construções de cercas transversais no leito do rio, pequenas barragens ou qualquer outro impedimento. A água só poderá ser usada para consumo humano e animal”, alertou João Fernandes.
As águas da transposição chegaram à Paraíba pelo eixo Leste no dia 8 deste mês. No dia 10, na cidade de Monteiro, foi aberta a comporta que liberou a água na direção dos açudes São José, Poções e Camalaú.