Para minimizar crise, Temer come picanha com embaixadores
BRASÍLIA – Após uma série de reuniões neste domingo na tentativa de minimizar os efeitos da Operação Carne Fraca sob as exportações, o presidente Michel Temer terminou o dia com churrasco. Ele convidou embaixadores de países importadores de carne para uma churrascaria em uma área nobre de Brasília. Nem bem chegou, o presidente foi servido com picanha, que comeu acompanhado de uma caipirinha.
Participaram do evento 19 embaixadores e oito encarregados de negócios. O presidente se sentou ao lado dos representantes da Angola e da China. Também estiveram na churrascaria ministros de Estado, como o da Agricultura, Blairo Maggi, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Aos diplomatas e membros do governo foram servidos ainda de vinho tinto e caipirinhas.
A churrascaria fica às margens do Lago Paranoá e cobra, aos domingos, R$ 119 por pessoa. A reserva foi feita para 80 convidados.
Mais cedo, em reunião no Palácio do Planalto, o presidente disse aos embaixadores que as suspeitas de irregularidades na inspeção e liberação de produtos impróprios para consumo se limitam a uma parcela pequena dos frigoríficos do país. Ele fez questão de ressaltar que, dos mais de quatro mil empreendimentos brasileiros, apenas 21 estão sob investigação. Deles, três foram interditados.
O presidente da República tirou fotos com a equipe de funcionários da churrascaria e participou da brincadeira do chefe de cozinha, que lhe passou o chapéu para a fotografia. Na saída, ele reforçou o discurso de que são poucos os frigoríficos envolvidos na Operação e disse que os embaixadores entenderam e irão divulgar aos seus países que há tranquilidade para o consumo da carne brasileira:
– Os embaixadores disseram que vão divulgar aos seus países a tranquilidade em relação ao consumo da carne. Não é para causar um terror que está possivelmente se imaginando que se possa causar em relação a isso. Todos eles (embaixadores) aceitaram o meu convite e se deliciaram.