MUNICIPALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO
A situação do abastecimento d´água em Monteiro atingiu níveis insustentáveis. Em algumas ruas não chega água há mais de 45 dias A população insatisfeita reclama diariamente e por conta disso a prefeita Anna Lorena, admitiu na quarta-feira, 22, municipalizar o sistema de abastecimento de água do município, que atualmente é de responsabilidade da CAGEPA – Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto da Paraíba.
A prefeita Anna Lorena disse que ainda esta semana vai acionar o setor jurídico do município para adotar as providências cabíveis e até mesmo estudar a possibilidade de municipalizar o abastecimento de água, assim como já ocorre na cidade de Sousa, no Sertão da Paraíba.
O Poder Legislativo também está se movimentando e a Câmara Municipal, atendendo propositura do vereador Cajó Menezes, deverá realizar um estudo detalhado a fim de avaliar a possibilidade de que os serviços de distribuição de água em Monteiro sejam municipalizados e fiquem a cargo da Prefeitura Municipal, livrando-se assim dos péssimos serviços oferecidos pela CAGEPA.
TRANSPOSIÇÃO: MUITA FESTA E POUCA ÁGUA
Como quase tudo que acontece no Brasil, as águas do rio São Francisco já chegaram à Paraíba fazem mais de 15 dias, porém os resultados práticos ainda são tímidos. A obra foi inaugurada duas vezes, uma de forma oficial pelo governo e outra vez de forma política pela oposição, porém ainda existem muitos desencontros de informação. Técnicos do Ministério da Integração anunciaram que, após chegarem a Monteiro, as águas estariam no açude de Boqueirão 45 dias depois.
O ex-secretário de recursos hídricos da Paraíba, Francisco Sarmento, uma autoridade no assunto e especialista de renome, disse que no ritmo atual as águas do Velho Chico só estarão em Boqueirão no final deste ano, pois a vazão é muito pequena.
O que percebemos claramente é que até agora existiu muita festa, porém a água ainda está distante das torneiras, o que mostra a falta de planejamento do governo. A parte política tem sido feita muito bem, porém a parte operacional ainda deixa a desejar.
DESENCONTRO DE INFORMAÇÕES
Para que se tenha uma idéia do desencontro de informações em relação às águas da transposição, na semana que termina a AESA – Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, informou que na manhã da quinta-feira (23), o açude de Camalaú já estava com quase 3 milhões de metros cúbicos, o que equivale a 6,2% da sua capacidade máxima (48 milhões).
A informação foi contestada por um próprio funcionário da CAGEPA, Professor Givinha, que postou este comentário no Cariri Ligado: “Trabalho na CAGEPA. Porém me deparei com esta notícia que o açude de Camalaú estava com mais de 3 milhões de metros cúbicos. Não é verdade, fui agora mesmo verificar a leitura, e o resultado é outro. São aproximadamente 800 mil metros cúbicos”.
E agora, como fica a cabeça do povo, se os próprios órgãos governamentais têm suas informações contestadas?
TRABALHOS RETOMADOS
O vereador monteirense Cajó Menezes (PSDB) tem acompanhado diariamente os trabalhos nas obras da transposição. Ele informa que esteve na última sexta-feira (24) com técnicos do Ministério da Integração, os quais informaram que a bomba enviada para conserto em São Paulo estará voltando a funcionar esta semana, na EBV 06. Com isto, a vazão deve dobrar e a caminhada das águas até Poções e Camalaú e Boqueirão voltará ao normal.
Na nossa opinião os técnicos do governo deveriam esquecer um pouco a fixação de prazos e datas e cuidar para que os problemas surgidos sejam resolvidos. .
Todo o povo carirtizeiro espera com ansiedade a água nas torneiras e torce que as obras de transposição realmente cheguem ao seu final, resolvendo em definitivo o problema do abastecimento d´água da região..
Enfim, precisamos de mais água e menos festa.
UFCG COMEMORA DIA MUNDIAL DA ÁGUA
Na quarta-feira, 22, foi comemorado o Dia Mundial da Água no Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG, em Sumé, com a realização de palestras e minicursos organizados pela Empresa Junior de Engenharia de Biossistemas – SustemBio, pelo Parlamento Nacional da Juventude pela Água e o Laboratório de Qualidade de Água.
No dia 22 de março de 1992 a ONU instituiu o Dia Mundial da Água e divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água.
O SOM MISTERIOSO DE TOTONHO
O monteirense Totonho mostrou aos seus conterrâneos porque tem conseguido tanto sucesso.
Ele deu um show na sexta-feira à noite, na Praça João Pessoa, apresentando ritmos e estilos até então desconhecidos do grande público local. Foi um show diferente, bom e bonito.
Durante o evento, Totonho recebeu da prefeita Anna Lorena um troféu como grande homenageado na oitava edição do Festival de Cultura Popular Zabé da Loca, que este ano apresentou, além de Totonho, Maraca Grande, Cabruêra, Sandra Belê, Escurinho, Pife Perfumado e uma participação especial de Dejinha de Monteiro e Os Fulanos. .
Um casal que assistia a apresentação do cantor monteirense ao meu lado, comentou: “Este som de Totonho é misterioso, mas é diferente e bonito”.
OPÇÕES PARTIDÁRIAS
No meio político paraibano, comenta-se que a saída do deputado João Henrique do Democratas é questão de tempo e o parlamentar já teria recebido convite de vários partidos.
O deputado não deu qualquer informação nesse sentido, mas já surgiram rumores de que o PSDB comandado pelo senador Cássio Cunha Lima e o PSD dirigido pelo deputado federal Rômulo Gouveia, estariam entre as opções partidárias do deputado, que foi o 3º mais votado da Paraíba em 2014.
PENSAMENTO DA SEMANA:
“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”.
Fernando Pessoa
COISAS & CASOS
A grandiosidade poética de Pinto do Monteiro tem sido registrada por grandes nomes da cultura. O poeta Dedé Monteiro, de Tabira-PE, assim escreveu sobre o rei do repente:
No seu tempo, no brasileiro piso,
Pinto Velho a macaca segurava.
Infelizdo poeta que tentava
Desbancá-lo cantando de improviso.
Cascavel venenosa cujo guiso
Conservava calado e não batia.
Mas depois que a presa aparecia
O veneno comia de esmola
Jararaca assanhada da viola
Patrimônio imortal da poesia.
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VITRINE DO CARIRI
Por Simorion Matos