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Polícia investiga morte de adolescente de 13 anos possivelmente ligada a jogo da Baleia Azul em Arcoverde

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Além deste, outros sete casos estão sendo investigados em Pernambuco. Cinco deles são acompanhados pela Polícia Civil e aconteceram nas cidades do Recife, Paulista, Goiana e Vicência. No Recife, as duas vítimas são dos bairros de Brasília Teimosa e do Ibura, ambos na Zona Sul. Já os casos acompanhados pela Polícia Federal são de duas irmãs com 14 e 16 anos, da cidade de Moreno, na Região Metropolitana. Ontem, o corpo de uma adolescente de 15 anos foi encontrado no Rio São Francisco, em Petrolina. Segundo a polícia, Ana Vitória Sena de Oliveira, que era moradora de Juazeiro, na Bahia, estava desaparecida desde a última segunda-feira. Vários cortes foram encontrados nos braços e nos pulsos da adolescente. A polícia  suspeita da ligação dela com o desafio da Baleia Azul.

Preocupado com a propagação do jogo entre os adolescentes, o gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), Darlson Macedo, fez um alerta para que os pais fiquem atentos ao que seus filhos fazem na internet e nas redes sociais e que também observem mudanças de comportamento e humor. Grande parte das vítimas do desafio da Baleia Azul são crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos. Os chamados curadores exigem que as vítimas cumpram 50 comandos e enviem vídeos ou fotos como prova que concluíram cada etapa diária do jogo. Na última fase, os participantes têm que se matar. O desafio que estimula o suicídio é um aplicativo que se alastrou, em 2015, na rede social russa VKontakte e hoje está presente em grupos secretos nas redes sociais. O aplicativo exige atividades diárias que são cobradas por quem lidera o jogo.
“Nós pedimos que os pais fiquem atentos e procurem a polícia. Estamos fazendo exames nas pessoas lesionadas e fazendo a ouvida qualificada das crianças. Vamos solicitar apoio do serviço de inteligência para identificar os curadores. As ameaças não vão se concretizar, esses covardes estão aliciando os meninos, que são vulneráveis, mas não vão sair do anonimato, da zona de conforto, para ir atrás de ninguém. Mas precisamos identificá-los e salvar também os outros participantes. O problema é sério, é grave, e os pais precisam ficar atentos”, concluiu.

Assim que o adolescente ingressa no jogo, já começa a ser ameaçado para que não saia e várias tarefas são repassadas e vão se agravando. As missões englobam fazer mal a alguém, subir em local alto, fazer atividade de risco, se mutilar, matar animais de estimação e termina no suicídio. Outras atividades denunciadas pelas vítimas são assistir a filmes de terror sozinho de madrugada, ouvir músicas tristes, ir para locais desertos à noite, desenhar uma baleia no braço com faca ou navalha e matar e beber o sangue de animais. No Ibura, uma das vítimas matou um gato e se filmou enquanto bebia o sangue dele. O adolescente de 15 anos prestou depoimento ontem na GPCA.

Atenção
No município de Moreno, a atenção de uma mãe pode ter salvo a vida das irmãs de 14 e 16 anos. Na segunda-feira retrasada, a mulher viu uma reportagem a respeito do desafio e começou a observar o comportamento das filhas, que tinham lesões nas mãos e nos braços. Na terça, procurou a Polícia Federal.

O Pipoco

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