STF só julgará pedido de Temer para suspender investigação após perícia
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, determinou nesta segunda (22) que o plenário da corte vai julgar o pedido da defesa do presidente Michel Temer apenas depois que a perícia no áudio entregue por Joesley Batista for finalizada.
No despacho, a ministra afirma que a condição foi pedida pelo relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin.
A Polícia Federal já recebeu os áudios da delação premiada firmada pela JBS para analisar se houve corte ou edição nas gravações, porém disse que não há prazo para conclusão da perícia.
No material entregue está uma conversa entre Joesley Batista, um dos donos do grupo, e Michel Temer. Ele gravou uma conversa com o presidente realizada no palácio do Jaburu, em Brasília, na noite de 7 de março deste ano. O encontro não constava na agenda do presidente.
No despacho, a ministra afirma que Fachin condicionou o encaminhamento do pedido ao plenário à conclusão da perícia, além de pedir para as partes se manifestarem sobre o resultado da análise.
“A primeira sessão do plenário deste Supremo Tribunal, na qual será apresentada a questão de ordem —providência que desde já defiro– depende, portanto, nos termos do despacho do ministro relator ‘do integral cumprimento’ da diligência determinada”, escreveu Cármen Lúcia.
Ela destaca que “a gravidade e urgência” a conduzem a liberar a pauta para o julgamento, após o cumprimento dessas etapas.
Folha