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Técnica desenvolvida na Paraíba planta ‘feijão com analgésico’ e economiza água

feijao-analgesico-300x225 Técnica desenvolvida na Paraíba planta 'feijão com analgésico' e economiza água

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) conseguiram desenvolver uma técnica de cultivo de feijão com redução do uso de água. O método utiliza ácido salicílico para diminuir o “estresse” da semente, fazendo com que ela germine com uma menor utilização de água. A pesquisa foi desenvolvida com o intuito de manter o cultivo do feijão, fonte de proteínas, em locais com escassez de chuvas.

Os pesquisadores testaram seis tipos diferentes de feijão caupi – sementes fornecidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) -, que na Paraíba são conhecidos por macassar, fraldinha ou feijão de corda, e descobriram que essa espécie tem grande variedade genética em termos de resistência à falta de água.

O método vem sido desenvolvido desde 2012 pelo Laboratório Ecofisiologia de Plantas Cultivadas (Ecolab), após a dissertação de Mestrado em Ciências Agrárias de Wellison Filgueiras – um dos coordenadores da pesquisa.

“A aplicação desse ácido é um tratamento simples e barato para aumentar a tolerância ao estresse hídrico no caupi, uma cultura de grande valor no Norte e Nordeste do Brasil”, destaca o professor Alberto Soares, que liderou as pesquisas ao lado de Wellison. Foram utilizadas diversas quantidades de água e ácido até alcançar uma medida ideal para a resistência à seca.

O “estresse” da semente é quando ela começa a germinar no solo, produzindo e se alimentando de diversas enzimas para se desenvolver. Com o novo método, as sementes são enroladas em um papel molhado com água e o ácido salicílico, fazendo com que as substâncias penetrem nos grãos. Os feijões recebem o ácido na fase inicial do desenvolvimento e nas fases de germinação, floração e frutificação do vegetal.

Os estudos quanto ao método continuam, com o intuito de quantificar o volume de água que vem a ser economizado no plantio dos feijões embebidos no ácido salicílico, mas Alberto conta que, durante as pesquisas, tem sido utilizada uma solução com uma quantidade baixa de água.

“Nos testes, nós colocamos apenas algo entre 30% e 50% de água na solução […] e continuamos a tentar reduzir a quantidade de água e manter a qualidade do feijão”, disse o pesquisador.

A pesquisa já foi publicada em revistas científicas e sites americanos, como o Agronomy Journal. O professor ainda conta que em 2018 será realizado um teste para o uso do método em grandes lavouras de feijão.

G1paraiba

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