Senado, uma disputa que prenuncia um capítulo à parte
Nas rodas políticas, a sensação de que o governador Ricardo Coutinho tem uma eleição garantida ao Senado é unanimidade. Até adversários se rendem à essa constatação.
Ainda mais agora quando a pesquisa Fran6, de São Paulo, divulgada pelo blog do jornalista Anderson Soares, revela uma dianteira do socialista com folga absoluta.
Quando tem o nome colocado no cenário, Ricardo, apesar de publicamente resistir a uma disputa ao Senado, aparece com 49% das intenções de voto.
Mais do dobro do seu principal concorrente, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que surge com 23% da preferência do eleitorado paraibano, seguido de Lucélio Cartaxo (PSD), com 16,8%, Rômulo Gouveia (PSD), com 8,2%, Wilson Santiago (PTB), com 7,4%, Lígia Feliciano (PDT), com 7%, e Raimundo Lira (PMDB) e seus 4%.
Em resumo, Ricardo e Cássio, que se engalfinham no mútuo contraponto, também polarizam fortemente a disputa, com uma margem muito considerável em favor do governador, como cabo eleitoral capaz, inclusive de arrastar a segunda vaga.
Um elemento que deve aumentar as atenções da estratégia do tucano, porque, a julgar pelos números, é Cássio quem mais precisa torcer para que Ricardo permaneça até o fim do mandato e não dispute a senatória. É o quadro com menor risco para sua reeleição.
Esse ambiente, mostrado pela pesquisa, prenuncia, se Ricardo topar o embate, um guerra de titãs. No meio de uma eleição para governador, a eleição para o Senado, com os dois no ringue, tende a roubar a cena.
HERON CID