Controle emocional do Flamengo, que já se mostrou falho este ano, preocupa para o restante do ano
O ano de 2017 do Flamengo chega à reta final com mais pressão do que começou. A cobrança por títulos importantes após a queda precoce na Libertadores e a perda do título da Copa do Brasil coloca em xeque não apenas o desempenho técnico em campo. O fator emocional se revelou o principal problema da equipe em momentos decisivos.
O trabalho psicológico feito pelo departamento de futebol não faz efeito prático. Tanto o coordenador do setor, Fernando Gonçalves, como o gerente de futebol Mozer, que atua na motivação dos atletas, tem seus papéis contestados no clube.
Após a maior decepção do ano, na Libertadores, os jogadores se fecharam e prometeram reagir na busca por novas conquistas. Desde então, o Flamengo avançou na Copa do Brasil, mas deixou para trás a Primeira Liga, competição pela qual lutou. O Brasileiro também ficou em segundo plano, e agora será necessário correr atrás do prejuízo para subir na tabela. A Copa Sul-Americana é o compromisso mais simples para atingir um título ou vaga na Libertadores.
— Tudo vai depender de como vamos reagir. Os caminhos são mais longos agora. Temos excelente elenco e vamos continuar tentando. Vamos terminar a temporada em alta — aposta Diego, que tornou-se vilão no Flamengo após perder o pênalti que culminou com a perda da Copa do Brasil.
No Brasileiro, o time tem que seguir equilibrado para se manter na zona de classificação à Libertadores. Amanhã, o adversário é a Ponte Preta, em Campinas.
Rueda em tripla jornada: técnico, psicólogo e bombeiro
O técnico Reinaldo Rueda vai acumular funções no Flamengo, ainda que de forma não oficial. Com a eliminação na Copa do Brasil, o colombiano, além de técnico, vai ter que fazer o papel de a psicólogo e bombeiro para o elenco. Pouco mais de um mês após chegar ao Ninho do Urubu, ele se vê frustrado pela perda da Copa do Brasil e projeta os jogos do Brasileiro e Sul-Americana em alto nível para o fim da temporada.
— Somos conscientes que tínhamos três opções de chegar à Libertadores. Essa era mais direta. Oportunidade única. Agora é trabalhar. Seis jogos de Sul-Americana e 13 do Brasileiro — projetou Rueda, cobrando os jogadores.
— Temos que corresponder por nós mesmos, pela instituição, pela torcida. Agora a esperança é a Sul-Americana e o Brasileiro. Temos que seguir em frente —finalizou o treinador.
Para o jogo de segunda-feira contra a Ponte Preta, fora de casa, o Flamengo conta com quatro desfalques de peso. O colombiano Berrío está supspenso pelo terceiro cartão amarelo, seu compatriota Cuéllar foi convocado para a seleção colombiana para os jogos da Eliminatórias, mesma situação dos peruanos Guerrero e Trauco. Com 39 pontos, o Flamengo não sai da zona de classificação à Libertadores na rodada.