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RICARDO DEVE FICAR NO GOVERNO: Sem ele haveria um destroçamento da estratégia com derrota certa

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Há um estranho e insistente movimento para tentar convencer Ricardo Coutinho para que este se candidate ao Senado e abandone a ideia de não renunciar ao cargo de governador, deixando este no colo da vice, Lígia Feliciano.

E esse movimento não se origina na oposição ao governo. Pelo contrário. Trata-se de um movimento que já atingiu o núcleo mais próximo do ricardismo e, pelo jeito, já convenceu algumas pessoas bem próximas ao governador. Não sei as verdadeiras intenções do principal articulador, mas é bom que Ricardo Coutinho tome cuidado.

Um movimento como esse pofe gerar dúvidas sobre a candidatura de João Azevedo e minar a confiança da militância girassol. Pra começar, alguém tem dúvida que, se RC tivesse um/a vice alinhado com seu projeto político e administrativo, ele não seria candidato ao Senado, deixando o/a vice no cargo para se candidatar à reeleição? Não é esse o caso. A vice-governadora é Lígia Feliciano, do PDT, que tem uma origem política distante da base social que levou RC ao governo. E Lígia assumiria o governo para ser mera coadjuvante em 2018? Improvável.

Quem insiste em defender o afastamento de RC tenta se mostrar preocupado com o destino político do governador após 2018, mas esquece que a Paraíba e seu eleitorado se defrontarão no próximo ano com duas opções eleitorais, segundo o discurso do PSB: ou dá continuidade e aprofunda as mudanças iniciadas em 2011 ou faz um retorno ao passado, colocando de volta no poder as velhas e tradicionais oligarquias que por décadas governaram o estado.

É isso que estará em jogo em 2018? Se é mesmo não faz sentido esse movimento cuja consequência, caso atinja seus objetivos, será o destroçamento da estratégia anunciada pelo próprio governador que praticamente reconheceria uma derrota antecipada, já que a consequência imediata seria a perda da iniciativa política ao longo do processo eleitoral. É óbvio que, no governo, o comando do processo, pelo menos do seu bloco partidário, ficará nas mãos do governador, que será peça-chave na montagem do palanque, das alianças eleitorais e da agenda eleitoral.

A candidatura de João Azevedo ao governo depende não apenas da associação de sua candidatura ao governo e ao prestígio pessoal do governador, mas também da condução política deste nas articulações para a formação do palanque e durante a campanha eleitoral. Enfim, Ricardo Coutinho tem de continuar no governo para eleger João Azevedo. Qualquer decisão que não seja essa será o reconhecimento antecipado de uma derrota.

Fonte: POLEMICA PARAÍBA

Créditos: FLÁVIO LÚCIO

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