Há muito tempo comecei a freqüentar o ambiente, sendo um dos seus primeiros clientes juntamente com a turma da inesquecível Sambacana.
Ultimamente não tenho freqüentado como gostaria porque minhas condições hepáticas não me permitem tanto esforço, mas meus amigos Diógenes Andrade e Jorge Pé de Quenga – portadores de fígados bastante resistentes – me disseram que o local continua cada vez melhor, apesar no famoso cliente Uá de Zé Gomes, o agora Uá aboiador, normalmente tentar tirar a paz dos demais com seus aboios recheados de versos do “pé quebrado” e gritos ensurdecedores.
O fato é que desde o inicio o aprazível local, tem como característica ser um ponto de encontro de amigos monteirenses natos e “naturalizados”, um descanso semanal para a batalha travada na labuta do dia a dia.
No aconchegante Bar, existe um mural de fotos registrando a passagem de inúmeros clientes, que os proprietários primam pelo tratamento igualitário não importando a “patente” financeira que carregam.
Local de cantigas e tertúlias poéticas, partilhadas no passado por grandes artistas como o inesquecível Eudimar Raposo, e atualmente, entre tantos, por Nadado Alves, Ilmar Cavalcante, Chico Arruda, Beto Mendes, Ulisses Barbosa e Sales de Biró, transformam o ambiente num local diferenciado, onde o prazer de se estar presente provoca um bem-estar indescritível.
Os que residem em outras plagas, quando retornam a cidade, na primeira oportunidade aportam no local… para rever a camaradagem, jogar começa fora, da boas risadas e tomar uma outras e outras. Afinal de contas ninguém é de ferro.
De exemplo cito Ricardo Mimoso, campinense de quatro costados e monteirense de coração, que certo dia ao me encontrar em Campina Grande, danou-se a falar em Monteiro e findou dizendo:
“Meu amigo quando a saudade de Monteiro aperta não tem quem me segure, pego carro e vou parar no Bar de Quinca, rever os amigos, tomar umas, me atualizar e voltar pra Campina leve, leve.”
De parabéns estão Quinca e Pepeta por tantos anos fomentando harmonia.