Assessoria interrompe entrevista após presidente da Energisa ser questionado sobre Fio Preto e filosofia do apagão barato
A Energisa Paraíba, que continua impune em relação às acusações do Golpe do Fio Preto contra consumidores paraibanos, continua sem agir com transparência. Durante entrevista na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nessa quinta-feira (15), a assessoria de imprensa da Energisa interrompeu entrevista do Portal ClickPB que estava em curso com o diretor-presidente da concessionária, André Theobald. As assessoras da Energisa interromperam a editora do Portal, a jornalista Aline Lins, no momento em que ela perguntava sobre a fraude do Fio Preto e se a filosofia da Energisa continuava sendo que “é melhor uma energia cara do que um apagão barato”.
O Portal ClickPB repudia a atitude das funcionárias que prestam serviço à concessiónária pública pela tentativa de barrar o trabalho da imprensa livre e desrespeitar os princípios constitucionais.
A audiência tinha como objetivo discutir os aumentos ocorridos nos últimos meses aplicados pela concessionária. Até o momento antes da interrupção, o diretor-presidente da Energisa, André Theobald, admitiu que a concessionária pagou uma multa de R$ 800 mil ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) no caso do Golpe do Fio Preto, mas alega que o motivo foi porque a Energisa descumpriu a lei e não respeitou o direito à ampla defesa dos consumidores suspeitos da prática de “gato” furto de energia.
A célebre declaração de que “é melhor uma energia cara do que um apagão barato” foi dita pelo ex-presidente da Energisa Paraíba, Marcelo Rocha.
O procurador de Justiça Francisco Sagres pediu vistas do processo do Fio Preto, no Conselho Superior do Ministério Público. Ele diverge do relator, que opina pela homologação do arquivamento, mas vê indícios de crimes que precisam ser apurados. Sagres classificou a questão como muito grave.