Suspeito extorquiu padre com vídeo de sexo
Um homem de 32 anos suspeito de ter matado um sargento da Polícia Militar na segunda-feira (19), em Matão (SP), nega o crime, segundo o advogado de defesa. Edson Ricardo da Silva admite, no entanto, que tentou extorquir o padre da Paróquia Santo Expedito, Edson Maurício, com um vídeo dos dois fazendo sexo.
O sargento da Força Tática Paulo da Polícia Militar Sérgio de Arruda foi assassinado quando tentava fazer o flagrante da extorsão com outros três policiais, segundo a Polícia Civil.
Luiz Antônio Carlos Venção, de 28 anos, e Diego Afonso Siqueira Santos, de 22, que teriam gravado o vídeo também estavam no local do crime, mas também negam envolvimento. O trio teve a prisão temporária decretada e continua foragido.
Luiz Gustavo Vicente Penna, advogado de Edson e Luiz, disse que os três estão fora do estado porque estão com medo e que vai solicitar perícias à polícia antes de apresentar os clientes. Ainda não está definido se ele também vai defender Diego.
A PM instarou inquérito militar para apurar o motivo dos quatro militares, dois cabos e dois sargentos, terem ido até a casa do padre, já que isso está fora do protocolo.
Versão dos suspeitos
Segundo o advogado, Edson tinha um relacionamento homossexual com o padre há cerca de 3 anos. “O padre era o amante dele, bancava ele e começou a pedir exclusividade. A esposa do Edson descobriu e pediu o divórcio. Com raiva, ele decidiu armar a extorsão com o Luiz e o Diego”, disse.
Edson, segundo a defesa, pediu R$ 80 mil para não divulgar o vídeo dos dois fazendo sexo e marcou um dia para receber o dinheiro na casa do religioso e entregar o CD com o arquivo. A ideia era dividir a quantia com os dois amigos.
“O padre abriu a porta e pediu para eles entrarem. Dois ficaram na sala e o Edson foi chamado para ir até o quarto. No corredor, ele viu um homem armado com roupa branca e encapuzado, que pediu para ele passar o CD. Essa pessoa falou que ele era trouxa e perguntou se ele achava que o vídeo só valia R$ 80 mil. Em seguida falou para eles irem embora”, afirmou o advogado.
Quando o padre abriu o portão para o trio sair, eles ouviram uma discussão e disparos dentro da casa.
Versão de PMs e padre
Na versão dos policiais e do padre divulgada pela Polícia Civil, o religioso estava com medo da extorsão que sofria há cerca de um mês e pediu ajuda a um amigo de Araraquara, que indicou os policiais para flagrar o crime.
Mesmo de folga, o sargento e outros três policiais foram com padre até a casa do padre no bairro Residencial Olivio Benassi.
Os três homens chegaram armados até a casa e, quando entraram, foram surpreendidos pelo sargento Arruda, que levou dois tiros no peito. Ele foi socorrido, mas não resistiu. Ele era casado e tinha três filhos.
G1