Ataque a tiros contra acampamento pró-Lula em Curitiba fere dois
Um ataque a tiros foi realizado na madrugada deste sábado contra o acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, onde se concentram os apoiadores do ex-presidente Lula, preso na carceragem da Polícia Federal próximo ao local. Jeferson Lima de Menezes, de 39 anos, foi ferido no pescoço e levado em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Militantes petistas disseram que foram ouvidos ao menos 20 tiros. Segundo a Polícia, o autor do ataque seria um homem que se aproximou de carro e realizou os disparos: a perícia encontrou cápsulas de munição 9 milímetros no local, munição de uso exclusivo das forças armadas. Além do homem baleado, uma mulher fiou ferida por estilhaços sem gravidade. É o segundo ataque com armas de fogo contra simpatizantes do ex-presidente em um mês: em março, com Lula ainda em liberdade, um ônibus com integrantes de sua caravana foi alvejado também no Paraná,contra os movimentos sociais, contra Lula e contra o PT, é responsável por esses tiros!”. O acampamento em apoio ao ex-presidente começou a ser montado no entorno da carceragem da PF logo após a prisão do petista, em 7 de abril. Posteriormente, a Justiça determinou a desocupação do local. Desde então os militantes acampam em um terreno alugado a aproximadamente 800 metros da área anterior. A Polícia informou que irá abrir inquérito para investigar o ataque.
O grupo acampado divulgou nota, dizendo que o ataque “é uma crônica anunciada”. Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento, cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento”. Após o ataque os acampados realizaram um protesto de cerca de uma hora durante a manhã, pedindo o fim da violência e a apuração dos culpados.
O presidente estadual do PT no Paraná, Dr. Rosinha, criticou a falta de policiamento e segurança no local. “Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”.
Elpais