Governo prorroga campanha de vacinação contra gripe
A campanha de vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 22 de junho em todo o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a medida foi tomada por conta da baixa cobertura vacinal no país, de 77% do público-alvo. Embora a Paraíba esteja acima de média nacional, com 87,2% de cobertura, o número ainda é abaixo da meta de 90%.
No Estado, o público alvo corresponde a 1.069.715 pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe e, até o momento, foram aplicadas 932.471 doses. As vacinas estão disponíveis nas salas de vacinas nos 223 municípios do estado. No total, foram distribuídas 1.176.700 doses na Paraíba. A campanha, que se iniciou no dia 23 de abril, já havia sido prorrogada para esta sexta-feira (15).
Nacionalmente, o Ministério da Saúde espera vacinar 54,4 milhões de pessoas, mas apenas 42,6 milhões dessas doses foram aplicadas até o momento.
Dados da gripe
De acordo com o último Boletim da Influenza, foram notificados na Vigilância Universal para Influenza 154 casos para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Paraíba, dos quais 12 foram confirmados para influenza sazonal, sendo três para o agente etiológico influenza A do subtipo H3N2; seis influenza A do subtipo H1N1pdm09 e três para Influenza B. Para outros agentes etiológicos foram confirmados 19 casos, sendo um para Metapneumovírus; um Vírus Sincicial e 17 como SRAG não especificadas; 40,2% (62) descartada a presença do vírus de influenza e os demais seguem em investigação.
Quanto aos óbitos, são 25 casos suspeitos de SRAG, sendo um com identificação viral para influenza A H3N2 (João Pessoa); quatro para H1N1pdm09 (Cabedelo, Cachoeira dos Índios, Pedras de Fogo e Serraria) e 15 foram descartados para o agente etiológico de influenza. Cinco óbitos seguem em investigação.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega, alertou para que as pessoas fiquem atentas a necessidade de vacinação. “Dentre os casos internados em 2018 e notificados para SRAG, nos chama a atenção as doenças cardiovasculares (27%), seguidas das metabólicas (22%) e neurológicas (13%), que correspondem ao grupo mais acometido. É importante ressaltar que as prevalências de doenças cardíacas, pulmonares, metabólicas e neoplásicas aumentam com a idade, e que os pacientes com doenças crônicas, muitas vezes, não são vacinados por não estarem cientes de sua condição de risco ou por falta de recomendação médica”, disse.
g1