PARABÉNS MONTEIRO!
MONTEIRO – 146 ANOS ( parte II)
Na parte I, verificamos a história política/administrativa de Monteiro, agora, vamos apreciar as suas vocações, particularmente, destaco a ovinocaprinoculura a partir dos anos noventa, porém, não posso perder de vista o seu apogeu no ciclo do algodão, a sua capacidade leiteira, agricultável, no campo da educação, os renomados homens do judiciário. Entretanto, de forma muito exclusiva, referenciamos a sua vocação natural no que tange aos aspectos culturais, a sua musicalidade, a sua efervescente poesia sob a maestria do Rei Pinto do Monteiro e, como grande admirador, construímos:
PERI-PERI
Autor: NAL NUNES
I
Eu nascí numa lagoa
Chamada Perí-perí
Rodeada de serras
O meu lugar é aqui
Lugar de tanta beleza
Batizada com nobreza
Princesa do Cariri
II
Todo menino daqui
Já nasce bem apurado
Se vai dormir é toada
Acorda, mourão voltado
O seu livro uma viola
Velho Pinto, mestre-escola
No repente coroado
III
Poeta pra todo lado
Eito de compositor
Em toda rua um forró
Toda casa um tocador
Parece um dom essa sina
No botequim, na esquina
As prosas de um cantador
IV
Onde se aproveita a dor
No verso matéria prima
A solidão dá espaço
Para apresentar a rima
A tristeza é quem sente
Cariri é só repente
Cantador fala de cima
V
A seca a gente domina
E se transforma em canção
Menino não sente fome
Faz um verso ganha um pão
O relâmpago mostra o brilho
A goteira um estribilho
Das notas de um trovão
VI
O choro outra canção
Pro maestro arranjador
Depois do choro a cantiga
Te ninar passar a dor
Cada choro tem um tom
O poeta tem o dom
Transforma tudo em amor
VII
Desse jeito seu Doutor
Vou vivendo em meu Nordeste
Eu que tenho privilégio
Não preciso do Sudeste
A fumaça aqui é véu
Bem branquinha lá no céu
Que nessas bandas é celeste
VIII
Se quiser sair da peste
É bom se mudar daí
Morar num berço encantado
Princesa do Cariri
Paraíba predileta
Minha rima mais completa
TE AMO PERI-PERI