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Ricardo diz esperar que João Azevêdo não abandone o campo popula

01-01-2019.143825_DESTAQUE Ricardo diz esperar que João Azevêdo não abandone o campo popula

Agora ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) pretende contribuir com o governo do sucessor. Essa contribuição, ele reforça, será dada sem participação formal no governo. Durante entrevista nesta segunda-feira (31), ele disse esperar que o apadrinhado político, João Azevêdo (PSB), continue no mesmo campo político. As declarações foram dadas no último dia de gestão. O socialista é o 51° mandatário a assumir o governo do Estado e o terceiro pessoense desde a redemocratização. Ele chegou ao cargo após uma votação expressiva, com vitória ainda no primeiro turno. João conquistou 58,18% dos votos (1.119.758).

“Se depender de mim, eu quero muito ajudar, para que o nosso futuro governador (João Azevêdo), a partir de amanhã (1° de janeiro), continue neste campo, porque esse é o nosso campo. É o campo dos movimentos sociais, é o campo da cultura popular, é o campo das populações mais necessitadas e anteriormente esquecidas, é o campo da democracia participativa. Esse é o nosso campo. Foi por isso que vim governar. Eu não vim governar por outra coisa”, destacou Ricardo. Ele diz que quer ser lembrado, também, como uma liderança política que tem lado na política e fez críticas aos adversários.

Azevêdo chega ao governo com grandes desafios. Em entrevista na CBN, nesta segunda-feira, disse que “nenhuma obra é acabada”. A referência é à gestão do antecessor, Ricardo Coutinho. Ressaltou que muito precisa ser feito e apontou a regionalização do desenvolvimento como um ponto. Ele disse que a economia, na Paraíba, tem apenas dois grandes polos econômicos, referência a João Pessoa e Campina Grande. O governo do Estado, por isso, trabalharia para reforçar os arranjos locais. O modelo citado por João Azevêdo se assemelha ao que já é feito em Pernambuco, onde as regiões do Estado são divididas por polos econômicos (sucroalcooleiro, gesseiro, fruticultura, automobilístico, têxtil e fruticultura).

O governador empossado nesta terça-feira precisa ainda atentar para a área da saúde, apontada como a maior preocupação dos paraibanos. Precisa ter atenção também à segurança pública e à educação, citadas pela pesquisa Ibope como as principais prioridades para os paraibanos. Os índices de letalidade, apesar de terem diminuído nos últimos anos, ainda são epidêmicos. Da mesma forma, preocupa o fato de a Paraíba ter mais de 500 mil analfabetos. Não resta outra opção a não ser arregaçar as mangas.

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