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Surto na PB: Veja orientações para se proteger da esporotricose, conhecida como a doença do gato

esporotricose-Isabella-Dib-Gremião-Agência-Fapesp-520x346 Surto na PB: Veja orientações para se proteger da esporotricose, conhecida como a doença do gato

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, emitiu uma nota informativa com orientações sobre a esporotricose, uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode atacar humanos e animais.

O chefe do Núcleo de Controle de Zoonoses da SES, Francisco de Assis Azevedo, explicou que, como o fungo está constantemente em ambientes abertos, principalmente no solo, a esporotricose pode ser transmitida por meio de ferimentos já abertos que tenham contato com algum material contaminado. Outra forma é pelo contato com animais contaminados, gatos em sua maioria.

“A maioria da transmissão tem sido associada a gatos infectados. Não há relatos de transmissão de homem para homem e de cachorro para homem. A maioria dos relatos é de transmissão de gato para homem e de gato para o cachorro. Por isso, o gato é a maior vítima da doença e não o vilão”, explicou Assis.

Nos felinos os sinais mais comuns são lesões ulceradas na pele, profundas, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. As lesões são mais comuns na cabeça, cauda e patas. Os casos suspeitos deverão ser avaliados pelos serviços de Vigilância Ambiental/Zoonoses dos municípios.

Entre as medidas de prevenção estão usar luvas para manipular os animais doentes; limpar o ambiente com água sanitária; durante o tratamento, o animal doente deverá transmitir a doença ao proprietário; cremar os animais mortos; não fazer curativos e nem dar banho em animais doentes e castrar gatos e gatas saudáveis pra diminuir as saídas às ruas e a possibilidade de transmissão da doença.

De acordo com a nota, a SES orienta que é facultado aos serviços de Vigilância Ambiental/Zoonoses dos municípios realizarem procedimentos necessários de acordo com a severidade dos casos, a exemplo de animais de rua com os exames laboratoriais positivos que apresentem riscos iminentes à população; animais entregues, voluntariamente, pelos donos, por não ter condições de dar continuidade ao tratamento e animais comunitários que estejam com a doença e que causem risco iminente a saúde pública.

A esporotricose humana passou a ser considerada um agravo de notificação compulsória em agosto de 2018. Desde então, os profissionais de saúde, diante de um caso suspeito ou confirmado, devem notificar o caso preenchendo a Ficha de Notificação / Investigação disponível no link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=40288

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