Palestina condena decisão de criar escritório brasileiro em Jerusalém
A Autoridade Palestina condenou a decisão do governo de Jair Bolsonaro de abrir um escritório comercial em Jerusalém, em Israel, e convocou o embaixador no Brasil para consultas neste domingo (31).
A medida foi classificada pelo ministro de relações exteriores palestino, Riad Malki, como uma “posição flagrante de violação da legitimidade internacional e de suas resoluções e uma agressão direta contra o povo palestino”, segundo informações publicadas pela agência Wafa.
Malki afirmou também que a abertura do escritório brasileiro seria uma “aprovação às pressões norte-americanas e israelenses destinadas a perpetuar as atividades de ocupação e assentamento”. O ministro ressaltou que Jerusalém é parte integrante dos territórios palestinos ocupados em 1967.
A autoridade palestina disse que entrará em contato com o embaixador da Palestina no Brasil a fim de tomar as decisões apropriadas para enfrentar tal situação.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, comemorou a decisão do governo brasileiro, segundo noticiou a agência EFE.
“Obrigado por abrir um escritório diplomático em Jerusalém! Israel e Brasil são verdadeiros amigos, com valores comuns, e fortaleceremos a cooperação entre os nossos países”, escreveu Katz nas redes sociais
Durante a campanha presidencial, Bolsonaro prometeu que iria transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.