A Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana lamentou, neste sábado (20) os quatro casos de feminicídios ocorridos no estado paraibano nesta semana. Fabiana Ferreira, Dayse Auricea, Ana Priscila do Rêgo e Tâmara de Oliveira foram assassinadas pelos companheiros.
Em nota, a SEMDH afirma que as mulheres estão inseridas no contexto de ‘opressão e violência doméstica imposta pela cultura do machismo’. A Secretaria ainda alertou para que a sociedade busque a proteção das mulheres que vivem em condição de violência e lembrou que a denúncia deve ser feita pelo 190 ou 197.
Confira nota na íntegra:
A Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH) lamenta com pesar os quatro casos de feminicídio registrados, na última semana, em João Pessoa, Campina Grande e Sousa.
Cada mulher assassinada nos afeta, nos indigna e representa uma parte de nós, inseridas no contexto de opressão e violência doméstica, imposto pela cultura do machismo que demarca as relações de gênero e o controle sobre a vida das mulheres.
Alertamos para que toda a sociedade se empenhe na proteção ás mulheres que vivem situações de violência. O silêncio é cúmplice da violência, já dizia o movimento de mulheres na década de 1990.
Precisamos unir os esforços, numa grande aliança, entre governo, instituições, organizações sociais, movimentos sociais, escolas, serviços de saúde, sindicatos, igrejas, famílias e sociedade para mudar a cultura machista, proteger as mulheres e enfrentar a violência de gênero.
O governo do Estado, por sua vez, vem implementando políticas públicas intersetoriais, com ações de repressão por meio de uma parceira contínua da SEMDH com a Secretaria de Segurança e Defesa Social (SEDS); aumentando as delegacias especializadas de mulheres, implantando o Programa SOS Mulher e a Patrulha Maria da Penha.
Na área de assistência foram criados a Casa Abrigo, Centro Estadual de Referência da Mulher em Campina Grande e Centro Regional de Referência da Mulher em Sumé, realizadas capacitações com mais de 5 mil policiais, dialogado com CREAS, entre outras ações.
No campo da prevenção, são feitas campanhas de mídia, atuação nas escolas com a Secretaria de Educação (SEE) com o intuito de cuidar dos meninos, meninas e jovens para que sejam educados na perspectiva de igualdade de gênero, sem assimilar o machismo como prática de vida.
Buscamos e não medimos esforços para promover uma mudança de mentalidade e isso só será possível se trabalharmos unidos (as).
Nos solidarizamos com as famílias – filhas, filhos, parentes, movimento de mulheres e feminista. Pedimos sororidade em favor da vida das mulheres!
Em caso de violência contra mulheres, ligue 190 ou 197! Denuncie!
#Naofiquecalada #Juntaspodemosmais