Atual campeão, o Palmeiras terminou o Brasileiro de 2018 como a melhor defesa, com 26 gols sofridos. Dono da taça no ano anterior, o Corinthians também liderou essa estatística, com 30. Se quiser repetir os paulistas e gritar “é campeão” em dezembro, o Flamengo precisará evoluir e muito nesse quesito: das 24 partidas oficiais na temporada até aqui, o time sofreu gols em 18. Neste sábado, foram dois contra o Internacional, que determinaram a derrota por 2 a 1.
Não demorou para que o time de Abel Braga tomasse o seu gol protocolar. No Beira-Rio, Guerrero precisou de apenas 5 minutos para subir às costas de Rhodolfo, após cobrança rápida de falta, e, de cabeça, engordar essa estatística.
Embora tivesse mais posse de bola, o Flamengo era incapaz de impor volume de jogo. Como é um time mais técnico e menos físico que o Internacional, também sofria para ganhar as divididas e os rebotes.
A virada para o segundo tempo trouxe uma perspectiva de melhora para o rubro-negro. Abel desfez a “dança de posições” no ataque e devolveu suas peças aos lugares onde devem estar: Gabigol no centro, Bruno Henrique na ponta esquerda, Everton Ribeiro na direita e Arrascaeta centralizado.
A simples mudança fez com que os jogadores parassem de “bater cabeça” e o jogo fluísse com mais naturalidade. Dessa maneira, o camisa 14 uruguaio empatou aos 14 minutos.
A igualdade no placar mudou a cara do jogo, talvez pela combinação entre a desconfiança rubro-negra de que poderia virar o jogo e a percepção colorada de que pontos importantes estavam ficando pelo caminho. O toma lá, dá cá que se seguiu acabou pior para o Flamengo, o time mais frágil defensivamente em campo.
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