O Brasil Rural desta quarta-feira (31) conversou com Raquel Souza Chaves, bióloga da etnia Tupinambá, sobre uma novidade no mercado de Santarém: um vinho feito com mandioca.
Produzida por mulheres indígenas, a bebida passa por um processo de fermentação diferente da cachaça de mandioca, que é destilada. Segundo Raquel, a partir do conhecimento tradicional das comunidades indígenas, foi feita a experiência de isolar os microrganismo dos vinhos para fermentar a massa da mandioca depois do processo de desintoxicação.
“A gente usa esse grupo de microrganismos para fermentar pelo mesmo processo da produção de vinho, que se dá com a uva e também com outras frutas”, explicou.
Segundo ela, o vinho é vendido de forma artesanal no mercado em Santarém e possui teor alcóolico de no máximo 9%.
Sobre o projeto da produção da bebida por mulheres indígenas, Raquel contou que a iniciativa agrega o conhecimento tradicional com a necessidade das mulheres conseguirem ter uma renda econômica.
O projeto visa o empoderamento das mulheres indígenas, mas com foco principal na valorização do modo de vida, da qualidade de vida das mulheres e da família como um todo”, afirmou.