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Carne sobe 17,7%, e ‘prévia da inflação’ é a maior para dezembro em 4 anos

carne-preço Carne sobe 17,7%, e 'prévia da inflação' é a maior para dezembro em 4 anos

IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), variou 1,05% em dezembro, acima da taxa de 0,14% registrada em novembro. O resultado foi puxado pela alta nos preços da carne, que subiram 17,71% em dezembro e tiveram o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,48 ponto percentual).

A alta do IPCA-15 foi o maior resultado mensal desde junho de 2018, quando o índice foi de 1,11%, e o maior para o mês de dezembro desde 2015, quando foi de 1,18%.

No ano, o indicador ficou em 3,91%, acima dos 2,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em dezembro de 2018, a taxa foi de -0,16%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Feijão subiu 20,38%; batata caiu

A alta da carne puxou a inflação dos alimentos e bebidas, que registraram o maior aumento do índice (2,59%). Também subiram o feijão-carioca (20,38%) e as frutas (1,67%).

Por outro lado, a batata inglesa (-9,33%) e a cebola (-7,18%) caíram.

Passagem aérea, gasolina e etanol sobem

As passagens aéreas encareceram 15,63% na prévia da inflação, após alta de 4,44% em novembro. O resultado afetou o índice do setor de transportes, que foi de 0,9%. Também contribuíram o aumento de 1,49% na gasolina e de 3,38% no etanol. A alta dos combustíveis acelerou de 1,07% em novembro para 1,76% em dezembro.

Loteria mais cara

Também se destacou o grupo despesas pessoais, cujos preços aceleraram o avanço a 1,74% em dezembro, de 0,4% antes. Os jogos de azar, por conta dos reajustes nos preços das apostas lotéricas, com vigência a partir do dia 10 de novembro, ficaram 36,99% mais caros.

Os artigos de residência foram o único grupo a registrar queda de preços na prévia da inflação de dezembro (-0,84%), afetado pela redução nos preços dos itens de TV, som e informática (-2,09%) e mobiliário (-1,16%).

Juros x inflação

Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu reduzir taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 5% para 4,5% ao ano. É a menor taxa desde que o Copom foi criado, em 1996.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

UOL

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