A consolidação de uma liderança por Sergio Bezerra
Dois mil e vinte e um já começou dizendo a que veio. Em terras tupiniquins, a construção de uma narrativa em que as armas salvam vidas e as vacinas matam segue em curso. A novidade vem dos Estados Unidos da América, que surpreendem o mundo com a invasão do Capitólio – local onde se reúnem os congressistas americanos – pelo “gado” do derrotado Donald Trump. Tal “insurreição” cola bem na testa do Tio Sam, o selo de “República das Bananas” que esse país tantas vezes usou para se referir a outros. Quem diria? Só falta Venezuela e Cuba lançarem um manifesto em prol da defesa da democracia nos EUA, a outrora decantada “palmatória do mundo”. A opção pelo fascismo tem seu preço, mas o perigo maior reside na real possibilidade de os lacaios do Donald inventarem de copiar a sua desastrosa estratégia mundo afora.
Enquanto isso, a terra do forrozeiro Flávio José é beneficiada com a consolidação da liderança política da prefeita reeleita Anna Lorena de Farias Leite Nóbrega, a Lorena de Dr. Chico, uma gestora que vem tocando um modelo administrativo que realmente trabalha para o desenvolvimento da cidade e o bem-estar do povo. Concomitantemente, para não fugir da regra, a oposição exerce o seu sagrado direito de espernear, comemorando a eleição da mesa da Câmara Municipal para os próximos biênios como se fosse a Lanterna dos Afogados do livro “Jubiabá”, do imortal Jorge Amado.
Acontece que a vitória da oposição na eleição para a mesa diretora da câmara sequer é uma novidade em Monteiro. Quando Ednacé Henrique se tornou prefeita, seu grupo político apelou até para o corte da energia do antigo Clube Municipal, onde estava sendo realizada a eleição para a mesa da casa Legislativa, e nem a escuridão impediu a oposição de eleger Inácio Teixeira presidente. O vereador Paulo Sérgio também foi eleito para gerir a câmara contra a vontade de Ednacé… E nem por isso a Terra parou.
A oposição é fundamental para a democracia, tem que existir. Entretanto, é difícil fazer oposição cega contra a execução de um governo que tira uma cidade da ausência de diálogo e redescobre a sua vocação econômica, cultural e educacional. A bandeira da oposição, sem proposta ou programa, alicerçando-se apenas na denúncia vazia e no clientelismo que sustentou politicamente os antigos coronéis nordestinos, foi rejeitada pela vontade soberana do eleitorado por uma esmagadora maioria de 3.156 votos. A maior lapada da história política da cidade.
Como se não bastasse, antes de serem eleitos presidentes do Poder Legislativo, tanto Sandro quanto Lito de d. Socorro tiveram que primeiro serem eleitos vereadores – e, para alcançarem esse objetivo, eles certamente sofreram e enfrentaram dissabores. Mas quem garante que durante essa dura e difícil caminhada os Henriques só lhes jogaram flores?
Sinceramente, pelo perfil dos integrantes da mesa da Câmara, a prefeita pode esperar uma oposição séria e responsável, sem devaneios ou leviandades, sem disposição para o conflito ou para a guerra.
Não obstante, independentemente de qualquer coisa, o povo de Monteiro elegeu uma líder que nunca fica aterrorizada diante da má vontade dos outros. Não haverá obstáculo que faça Anna Lorena desistir do seu compromisso de investir na qualidade de vida dos monteirenses. Quem apostar o contrário vai perder de novo.
Sérgio Bezerra