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Mazzuco vê América do Sul como alternativa de mercado e quer Cruzeiro com ao menos 70% do elenco formado até o Mineiro

whatsapp-image-2021-01-08-at-09.28.58 Mazzuco vê América do Sul como alternativa de mercado e quer Cruzeiro com ao menos 70% do elenco formado até o Mineiro

A vitória do Cruzeiro sobre o Sampaio Corrêa praticamente eliminou os riscos de queda à Série C, além de manter matematicamente possível o acesso, ainda que improvável. Com uma situação estabilizada em termos de tabela, o clube começa, agora, a planejar a temporada de 2021. E tudo indica que a forma de agir no mercado será diferente em relação ao que foi em 2020, principalmente com contratação de André Mazzuco, diretor de futebol que iniciou os trabalhos na Toca na última quinta-feira.

Em entrevista exclusiva ao ge, André disse que sentará com os demais integrantes do departamento – entre diretores e comissão técnica – para definir qual será o plano de ação no mercado. Além, claro, de fazerem uma avaliação técnica e de viabilidade financeira sobre quem já faz parte do grupo de Felipão.

No entanto, o dirigente já deu indícios do que pensa em relação à necessidade do Cruzeiro, que tem pouco dinheiro para investir e que, muito provavelmente, seguirá disputando a Série B. Se este for o caso, Mazzuco considera que é preciso, sim, contratar jogadores com perfil da competição. Alguns atletas qualificados, com nível de Série A, não têm boa performance na segunda divisão.

– Muitas vezes vai surgir um jogador que não é muito conhecido, mas que, para o momento da competição, a gente aposta que ele vá atender o que a gente espera, até porque a gente acostuma com grandes jogadores, com nomes, mas eles têm situações financeiras que hoje o Cruzeiro não pode.

Desde a primeira entrevista que deu no Cruzeiro, ainda na quinta, Mazzuco fez questão de falar sobre a grandeza do clube. Fato mais uma vez ressaltado, quando o assunto foi contratações. Mas ele afirma que, atualmente, é mais palpável acertar em contratações de atletas de menor expressão.

– Primeiro de tudo a gente tem que lembrar que o Cruzeiro é um gigante, um vitorioso. Isso nos traz uma responsabilidade de: “Ah, estamos trazendo um jogador desconhecido que não para o Cruzeiro”. As coisas têm mudado, porque hoje você tem mais ferramentas para analisar jogadores em um mercado muito mais amplo, que não necessariamente seja conhecido, mas aí é a gente sentar com o Felipão, definir perfil, acionar o departamento de mercado, os analistas, junto comigo, com o Deivid, com todo mundo que está participando e entender as características dentro daquilo que estamos mapeando.

Olhar para a América do Sul

 

Uma situação pouco explorada pelo Cruzeiro em 2020 foi o mercado sul-americano. Raúl Cáceres foi o único atleta de um clube vizinho que chegou à Toca. Ele estava no Cerro Porteño, do Paraguai. No Vasco, Mazzuco explorou bastante este mercado. E dois jogadores, especificamente, deram muito certo em São Januário: o meia Benítez, do Independiente, e o atacante Germán Cano, ex-Independiente Medellín.

No Cruzeiro, o diretor de futebol também pretende olhar mais para o mercado do continente. Mazzuco ressalta, inclusive, que alguns campeonatos de países sul-americanos têm perfil parecidos com a Série B, de disputa e intensidade.

– Acho que é sempre uma alternativa válida. (…) De maneira geral, o mercado sul-americano é um mercado atrativo, porque você vai muito pelo perfil de jogador. Dependendo, em alguns países você tem campeonato de muita competitividade, muito intensos e, quer queira ou não, a Série B tem um cenário de muita intensidade, de jogos muito brigados, em que você tem que ter qualidade, mas também intensidade.

Período de contratações

 

Vários times da Série B adotam a postura de esperar o fim dos campeonatos estaduais para realizarem contratações “de Série A”. Atletas que não serão aproveitados nas equipes da elite, mas que são vistos como boas alternativas para a segunda divisão.

Em 2020, o Cruzeiro (à época com Ocimar Bolicenho no comando do futebol) traçou um planejamento nesta linha. Não é o que André Mazzuco pretende fazer. O diretor acha que o momento pós-estaduais é apenas para realizar ajustes no elenco, assim como ocorre com as competições nacionais em andamento.

– Sempre o melhor é que você tenha o elenco pronto o mais cedo possível, para poder trabalhar. Este ano o Cruzeiro tem a vantagem de ter três semanas para trabalhar (na pré-temporada), então o ideal é ter o grupo formatado até ali. Ou, se tiver alguma demanda ainda, que seja mínima e que você vá pontualmente buscar um reforço neste sentido, depois do estadual, que é válido também, porque vão aparecer algumas boas opções. Depois, também, tem uma outra etapa, que seria antes de encerrar as inscrições, que é um momento em que as vezes, por alguma ocorrência, de jogador que saiu, machucou ou não encaixou, aí você traz algum outro. Mas, repito: o ideal é que se formate a base da equipe, 70%, 80%, para depois, pontualmente, você possa resolver situações.

Hoje, o Cruzeiro segue impossibilitado de registrar jogadores em função de uma punição da CNRD, por conta de uma dívida com o PSTC, do Paraná. Internamente, o clube busca alternativas financeiras para resolver a situação e poder voltar a contratar.

Globo Esporte

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