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Alemanha, Itália, França e Espanha proíbem uso de vacina AstraZeneca

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Autoridades de saúde da Dinamarca, Noruega e Itália suspenderam o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19. A decisão foi anunciada na última quinta-feira (11) como medida de prevenção após relatos de pacientes que desenvolveram coágulos sanguíneos após serem imunizados.

De acordo com o governo dinamarquês, primeiro a anunciar a suspensão, a medida é preventiva e foi tomada para que fosse possível avaliar a relação do imunizante com a formação de coágulos nos vacinados.

Inicialmente, a suspensão irá se estender por duas semanas. Sendo assim, sobe para oito o número de países que suspenderam a vacinação com o imunizante produzido pela Universidade de Oxford.

Segundo a Agência Nacional de Saúde da Dinamarca, a paralisação acontece “depois dos informes de casos graves de formação de coágulos de sangue em pessoas que foram vacinadas com a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca”, comunicou. O órgão ainda ressaltou que, “por enquanto, não se pode concluir que tenha uma relação entre a vacina e os coágulos de sangue”.

A Agência Dinamarquesa de Medicamentos informou que está trabalhando em parceria com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras autoridades farmacêuticas da UE para averiguar os relatos envolvendo o imunizante.

Seguindo os passos da Dinamarca, as autoridades sanitárias norueguesas anunciaram a suspensão como medida ‘cautelar’. “Na Noruega, estamos dando uma pausa na vacinação com a AstraZeneca. Estamos à espera de informações, para ver se há uma relação entre a vacinação e este casos de coágulos”, disse um funcionário do Instituto Nacional de Saúde Pública, Geir Bukholm, em entrevista à imprensa.

Já a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), por sua vez, comunicou a paralisação do uso de um lote específico da AstraZeneca, identificado ABV2856, que já havia apresentado problemas na Áustria, após a morte de uma enfermeira vacinada de 49 anos por “graves problemas de coagulação sanguínea.

Em contrapartida, a agência alerta que, até o momento, “não foi estabelecido qualquer nexo de causalidade entra a administração da vacina e tais eventos”. “A Aifa está efetuando todas as checagens do caso, adquirindo documentações clínicas em estreita colaboração com as autoridades competentes”, conclui.

O imunizante da Oxford é uma das vacinas aprovadas para uso emergencial no Brasil, acompanhada da CoronaVac, e, até o momento, não há relatos de complicações nas aplicações.

Agência nega relação com coágulos

Em comunicado oficial, a EMA garantiu que “não há indicação” de que a vacina de Oxford/AstraZeneca cause coágulos sanguíneos em seus pacientes.

“Atualmente, não há indicação de que a vacinação tenha causado essas condições, que não estão listadas como efeitos colaterais com esta vacina. A posição do comitê de segurança da EMA é que os benefícios da vacina continuam a superar seus riscos e a vacina pode continuar a ser administrada enquanto a investigação de casos de eventos tromboembólicos está em andamento”, afirmou.

A agência disse ainda que um comitê analisa todos os casos adversos relatos por pessoas que receberam o imunizante contra a Covid-19. Até 10 de março, o órgão recebeu alerta para 30 casos de eventos adversos entre cinco milhões de vacinados com a AstraZeneca.

“O número de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não é maior do que o número observado na população em geral”, ponderou.

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