São Paulo confirma favoritismo, anota 46 pontos de vantagem e vence o Brasília pelo NBB
Em jogo válido 27ª rodada do NBB, o São Paulo recebeu o Brasília no Ginásio Dr. Antonio Leme Nunes Galvão na noite desta quarta-feira. Lanterna da competição, o Brasília tentou, mas a falta de treinos impactou no desempenho em quadra. Foram 10 dias sem treinamento por conta do lockdown no Distrito Federal. Vindo de três derrotas seguidas na competição, o São Paulo tirou proveito da situação e venceu com folga, placar final de 92 a 46. Destaque para o armador Georginho que alcançou um triplo-duplo com 13 pontos, 13 rebotes e 11 assistências. O ala Shamell foi o cestinha com 20 pontos.
– A gente está numa fase de se recompor como time. A gente estava numa sequência muito boa antes dos casos de Covid-19. Não importa se é o lanterna, temos que voltar a jogar bem e isso aconteceu hoje. É importante pra gente ter uma vitória maiúscula e ganhar confiança – disse Georginho.
Antes do jogo começar, técnico Claudio Mortari ficou emocionado ao lembrar dos jogadores contaminados durante a pandemia. Segundo ele, o problema do São Paulo era “voltar a ter alegria de jogar”. A equipe chegou a ter seis jogadores do elenco infectados na mesma semana: Gerson, Shamell, Jefferson, Georginho, Isaac e Dawkins.
– O momento é constrangedor. Depois de um mês, fizemos um treino com o time completo ontem. Eu fico emocionado, porque nunca convivi com esse tipo de coisa. O jogador pensa no jogo, eu (como treinador) penso em todas das famílias. Por mais que você seja insensível ou experiente, são filhos e esposas. Tem jogadores que querem voltar e não conseguem. Realmente, cuidem-se, que a coisa é séria – desabafou o técnico são-paulino.
O jogo
O time da casa começou o jogo com Shamell, Dawkins, Jefferson, Georginho e Renan. Pelo Brasília, Ricardo de Oliveira escalou Arthur, Germerson, Caio Torres, Laster e Nezinho como quinteto inicial.
No primeiro quarto, o Brasília abriu o placar tirando proveito do cansaço dos donos da casa, que voltaram do Chile com duas derrotas na disputa da segunda janela da Champions League Américas. A equipe de Claudio Mortari não conseguiu se impor e acabou jogando no ritmo do adversário. O São Paulo não conseguiu se aproximar do garrafão e acabou apostando nas bolas de três, mas teve um baixo aproveitamento. Em um encontrão, a equipe do Brasília teve uma baixa importante: o pivô Caio Torres acabou virando o pé ao pisar no armadador Kenny Dawkins e não voltou para o jogo. O placar foi baixo, 11 a 13 para o time do Distrito Federal.
No segundo período, o São Paulo acordou e acelerou o jogo. Jefferson e Dawkins fizeram a diferença aproveitando os contra-ataques. Do lado do Brasília, a falta de entrosamento chamou a atenção. Lanterna da competição e sem sede própria, a equipe de Ricardo de Oliveira não conseguiu treinar adequadamente por conta das restrições de circulação da Covid-19. Os jogadores fizeram a preparação literalmente em casa, o plantel treinou apenas uma vez na academia. O tricolor conseguiu anotar 31 pontos e foi para o intervalo com o placar de 42 a 23.
Na volta do intervalo, o São Paulo foi superior nos dois lados da quadra. O tricolor chegou a 44% de aproveitamento nos arremessos de três do ala Shamell. O Brasília cometeu três vezes mais erros que do que os donos da casa. O São Paulo consolidou o placar na dianteira, 70 a 30.
O quarto período teve cara de treino. O São Paulo aproveitou a vantagem para rodar os jogadores. Destaque para o triplo-duplo do armador Georginho, com 13 pontos, 13 rebotes e 11 assistências. Placar final de 92 a 46. A equipe de Brasília amargou a 21ª derrota na competição. Nas palavras do ala-pivô Germerson, a meta da equipe diante da falta de condições é conservadora: “Terminar o campeonato de forma digna”.
Globo Esporte