Ministério da Saúde reduz em 31% a previsão de entrega de vacinas contra Covid em maio
O novo cronograma de entrega de vacinas contra Covid-19 do governo Jair Bolsonaro (sem partido), atualizado neste sábado (24), prevê uma redução, até maio, de 31% no número de doses antes anunciadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o país deve dispor no próximo mês de 32,4 milhões de doses das vacinas de diferentes fabricantes. O cronograma anterior, de 19 de março, falava em 46,9 milhões.
Em entrevista neste sábado, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, disse que colaboram para esse recuo o não recebimento dos insumos para produção dos imunizantes, questões logísticas e operacionais dos laboratórios, atraso nas entregas das doses prontas e procedimentos de aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O governo Jair Bolsonaro tem sido criticado por não conseguir acelerar a campanha de vacinação –a gestão abriu mão de fechar contratos no ano passado, o que poderia ter garantido mais imunizantes, e o próprio presidente já criticou a vacina diversas vezes, ainda que tenha mudado de tom depois.
A pasta tem passado por constantes revisões no cronograma de entrega de vacinas. Uma das primeiras estimativas divulgadas pela pasta a governadores, por exemplo, previa 68 milhões de doses até março, o que não foi atendido.
Apesar da promessa, foram garantidos até o mês passado 26 milhões de doses, número 32% menor do que o prometido, segundo os dados atualizados pelo Ministério da Saúde.
A projeção do governo para este ano é alcançar o total de 562.912.870 doses. A maioria, entretanto, só chegará no segundo semestre. Até junho, o cronograma atualizado fala em um acumulado de 159 milhões de doses. É um número 23% menor do que da previsão anterior.