Dólar fecha em alta e volta a ser negociado acima de R$ 5
O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (1), a reboque do fortalecimento da divisa no exterior, antes de dados de emprego nos EUA, e de algum incômodo local do lado político.
A moeda norte-americana subiu 1,45%, cotada a R$ 5,0448. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,0513. Veja mais cotações.
Já o Ibovespa fechou em queda.
Na sessão anterior, o dólar fechou em alta de 0,63%, a R$ 4,9728, mas encerrou junho com recuo de 4,81% frente ao real. No acumulado do ano, a queda é de 2,75%.
Cenário
Na cena política, a CPI da Covid ouviu nesta quinta-feira Luiz Paulo Dominguetti, representante da empresa Davati Medical Supply que afirma ter recebido pedido de propina de um diretor do Ministério da Saúde em troca de um contrato de fornecimento de vacinas.
Na agenda de indicadores, a FGV mostrou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos em junho, para 98,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2013.
O Ministério da Economia divulgou que a economia brasileira gerou 280.666 empregos com carteira assinada em maio. O número representa aceleração em relação a março de abril, quando foram abertas, respectivamente, 176.981 e 116.423 vagas formais.
Na cena externa, os investidores aguardam dados do mercado de trabalho dos EUA, que serão divulgados nesta sexta, e suas potenciais implicações sobre a política monetária do banco central norte-americano.
Apesar do cenário mais volátil em meio à tensão política, analistas avaliam que a tendência de maior valorização do real frente ao dólar continua em meio à perspectiva de elevação da taxa básica de juros e aumento do chamado “diferencial de juros”, que torna o Brasil mais atrativo para investidores estrangeiros.
“As perspectivas das pressões inflacionárias no país se acentuam exponencialmente, o recente ajuste nas tarifas energéticas e a possibilidade de novos, afora a crise em si que ameaça a atividade econômica, certamente tornarão necessários ajustes mais elevados da Selic, e este fato de ‘mais juros, normalmente, pressionará o preço do dólar à depreciação e redução da volatilidade”, avalia Sidnei Moura Nehme, economista e diretor Executivo da NGO.
G1