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Brasil tem 19 casos confirmados da variante ômicron, informa o Ministério da Saúde

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O Brasil tem 19 casos confirmados da variante ômicron, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (17). São mais de 7 mil casos em todo planeta.

“Até o dia de ontem [quinta-feira, 16], nós temos no mundo 7.123 casos confirmados em cerca de 70 países. Embora tenhamos casos confirmados em todas as faixas etárias, a maior parte deles, quase 60%, é no intervalo etário de 20 a 39 anos”, disse Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.

“No nosso país, devido a nossa vigilância genômica estabelecida, nós já temos 19 casos confirmados em 4 unidades federais. Desses 19 casos, 11 são pessoas do sexo feminino e 8 sexo do masculino”.

Entre as pessoas infectadas pela variante no Brasil, segundo Medeiros, 16 tinham o esquema vacinal completo contra a Covid-19, duas tinham apenas 1 dose e uma não apresentou informações sobre o imunizante.

“Com relação às evidências dessa variante, quando a gente olha para o espectro de mutações, a grande maioria delas se encontra na região genômica que codifica a proteína S. Ela tem um grande número de mutações”, explicou o secretário.

Mutações na proteína Spike, ou S, responsável pela infecção das células humanas, já haviam sido detectadas também em outras variantes do coronavírus, como a delta. Porém, segundo Medeiros, “as mutações presentes na ômicron conferem ao vírus uma maior transmissibilidade”.

“Com relação à severidade da doença, ainda não há indícios muito claros, embora em alguns países onde ela já está com bastante circulação existam mais casos de internação, porque, obviamente, tem mais pacientes infectados”.

Expectativas para o país

O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda, acredita que a ômicron será variante dominante no Brasil “em questão de semanas”.

“Aqui no Brasil vai ser questão de semanas assim que a gente tiver uma transmissão comunitária importante, como foi a delta no Rio de Janeiro”, disse o especialista em entrevista à GloboNews. “Não vai ser diferente para a ômicron.”

Croda afirmou que os estudos mais recentes apontam para que a ômicron seja mais transmissível que a variante delta e que também possui um “escape de resposta imune mais importante”. Ele ponderou, no entanto, que ainda é preciso avaliar o impacto nas hospitalizações e mortes.

“A gente sempre faz esse paralelo, a delta quando chegou no Brasil, por conta de uma cobertura vacinal elevada associada a uma transmissão recente importante da variante gama, o impacto em termos de hospitalização e óbitos foi menor”, lembrou o infectologista.

Ele afirma, no entanto, que ainda é difícil precisar como a cobertura vacinal no Brasil – 66,14% da população segundo o consórcio de veículos de imprensa – e a infecção prévia por outras variantes vai se comportar a partir do momento da introdução da ômicron.

“A gente ainda não sabe, mas a gente pode ter alguns sinais principalmente na Região Norte onde a transmissão da gama foi mais antiga, ainda em dezembro de 2020 e onde a cobertura vacinal não é elevada”, disse Croda.

“A gente tem que ficar muito atento nesse momento e entender que a vacina é nossa principal arma”, reforçou o especialista.

G1

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