Brasil tem primeira morte confirmada pela variante ômicron do coronavírus
Hoje o Brasil registrou a primeira morte causada pela variante ômicron da covid-19. A informação foi confirmada hoje pelo Ministério da Saúde após notificação da secretaria municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, em Goiás.
A vítima era um homem de 68 anos que foi internado no dia 24 de dezembro e morreu no dia 27. No dia 28 a amostra que havia sido colhida foi enviada para sequenciamento genético, que foi realizado pelo laboratório Hlagyn de Aparecida de Goiânia — laboratório treinado e validado pela Fiocruz — e o resultado foi divulgado hoje.
Ele era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O homem estava vacinado com as duas doses do imunizante contra a covid-19 e a dose de reforço.
O homem tinha tido contato com uma pessoa que havia testado positivo para a doença e cuja infecção pela variante já havia sido confirmada.
O secretário de Saúde da cidade, Alessandro Magalhães, reforçou a necessidade de vacinação acompanhada do uso da máscara, da correta higiene das mãos e do distanciamento social sempre que possível: “Nós perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da covid-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização”.
Ele também disse que o programa de vigilância genômica do município detectou a disseminação da variante ômicron, apesar de a delta ainda ser predominante. “Na semana epidemiológica 48, de 2021, a prevalência da variante delta era 100%. Já na semana 52, última do ano, alcançamos 93,5%”, explicou.
Ômicron já é dominante no Brasil
Levantamento da plataforma Our World in Data mostra que nova variante do coronavírus já é responsável por mais da metade das infecções no país e que casos explodiram em duas semanas.
A variante ômicron do coronavírus já é dominante no Brasil, sendo responsável por 58,33% dos casos de covid-19 sequenciados no país, segundo levantamento da plataforma online Our World in Data.
Vinculada à Universidade de Oxford, a Our World in Data é considerada uma referência na publicação de dados sobre a pandemia. Os dados correspondem à parcela da ômicron em todas as sequências analisadas nas duas semanas anteriores ao dia 27 de dezembro.
Em 13 de dezembro, a ômicron era responsável por apenas 2,85% dos casos de covid-19 sequenciados nas duas semanas anteriores, segundo os dados da Our World in Data, que indicam alta transmissibilidade da nova cepa.
Até esta quarta, o governo federal brasileiros registrava 170 casos confirmados da nova variante e outros 118 em investigação, mas estimava que a cepa já respondesse por cerca de um terço das infecções no país.
A variante foi detectada inicialmente em Botsuana e na África do Sul e reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro. Desde então, vem se espalhando a um ritmo vertiginoso. Em sua última contagem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que 128 países já confirmaram casos da ômicron.
A cepa já se tornou dominante na África do Sul, no Reino Unido, na França e nos EUA, entre outros países. Na Alemanha, a ômicron provavelmente se tornará dominante em questão de dias, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde nesta quarta-feira.
*Com informações da Deutsche Welle